domingo, 5 de janeiro de 2020

QUEM GARANTE O JUIZ DE GARANTIAS: GARANTIDO E CAPRICHOSO; DE PARINTINS!

Joilson Gouveia*


O tal inesperado,  inusitado e noviço “Juízo ou Juiz de Garantias” não será mais uma “instância” ou mais um grau de jurisdição num Judiciário monumental, colossal e gigantesco, que deveria ser UNO, ÚNICO, INDIVISÍVEL, GERAL e “para todos” já que há uma ISONOMIA, mas que, a bem da verdade, na prática e na realidade, não é-o para todos, a despeito do Princípio Constitucional de que “todos são iguais perante a Lei”: não já se basta-lhes a abusiva absurdidade, anômala, esdrúxula e excrescente ou indigitada e odiosa “prerrogativa de foro por exercício de função privilegiada”?

Não! É PRECISO UM “JUIZ” QUE GARANTA AS GARANTIAS LEGAIS, segundo seus defensores!

Supino lembrar de que somos os únicos, no mundo civilizado inteiro, com quatro instâncias ou “graus de jurisdição” e onde tudo e todas e quaisquer coisas – até brigas-de-galos, exemplitia gratia - se resolve no autodeclarado “poderoso supremo”, o qual sequer admite, aceita e tolera que um sujeito já condenado em duas instâncias sucessivas, mesmo após todo O Devido Processo Legal, com todas as garantias legais de ampla defesa e do contraditório, onde restem provadas sua autoria e materialidade (quando não mais há a mais mínima dúvida, incerteza ou a mais ínfima, tíbia e tênue considerada presunção, de sua inocência) seja trancafiado e preso no xilindró, para cumprir sua pena cominada em lei, ou seja considerado culpado, não; nunca nem jamais!

Não mesmo, não sem antes esses poderosos anuírem, ratificarem e homologarem de que são culpados (ou inocentes, como têm sido, verbi gratia, no mais da vez) – todas as varas, juízes, juizados e instâncias não garantem nem aplicam o estrito cumprimento equilibrado, equânime, equitativo, impessoal, imparcial, reto e justo da aplicação das leis vigentes ou em vigor! – Seriam todos juízes sem nenhuma garantia!?

Resta saber quem terá mais valia ou mais competência o Juízo A Quo ou natural ou o NEO JUÍZO ou até mesmo o Juízo Ad Quem: tribunais ou órgãos colegiados?

– A lembrar que o Juízo ou “Juizado de Pequenas Causas”, a ver: https://gouveiacel.blogspot.com/2012/05/do-tco-e-dos-juizados-especiais-civeis.html https://gouveiacel.blogspot.com/2012/05/termo-circunstanciado-de-ocorrencia.html, dentre outros no nosso blog; fora criado para uma maior objetividade, oralidade, celeridade, efetividade e informalidade ou menos burocracia, leniência e mora aos chamados crimes nanicos ou de menor potencial ofensivo não alcançou com tal presteza, zelo e efetividade ou a mais mínima eficiência aos desideratos propugnados, esperados e anelados; eis a verdade! 

Quem patrocinará às famigeradas indigitadas audiências de custódias: o Juiz natural da causa ou o de “garantias”? Ora, se o de garantias "irá melhor investigar às causas", para que servem ou servirão os atuais juízes e delegados de polícias federal e estaduais? – Ou irão transformar os atuais delegados-de-polícia em juízes de garantias?

Na realidade e na prática, não há juízes suficientes nas ditas comarcas, bem como também a esmagadora maioria dos parcos existentes já acumula com o juizado eleitoral em face à escassez de um contingente mínimo necessário de juízes e magistrados; sem falar que temos um paralelo poder judiciário sui generis e tão ou mais dispendioso e oneroso ao Erário quanto às demaisaltas cortes totalmente acovardadas: o “Trabalhista”; que, também, não resolve tudo nem soluciona nada ou coisa alguma sem antes o poderoso supremo decidir, confirmar e homologar, como ultima ratio et decisum!

Assim como a tal da liberdade ilimitada ou em demasia cria e gera a anarquia, ao meu sentir, ver e parco entender, onde há justiça em excesso ou demasia, causará a mesma anarquia e, o que é pior, sem nenhuma garantia, a despeito de um juízo nesse sentido: “Juízo de Garantias”!

Enfim, sua criação é a prova bastante, cabal, natural, clara e simples de que todos os existentes, sem exceção, são inúteis, desprezíveis e desnecessários ou não cumprem nem garantem o efetivo cumprimento da lei, que deveria ser para todos! Ou não?

Entendimento sub censura, salvo melhor juízo!
Abr
*JG



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