domingo, 11 de fevereiro de 2024

À SOMBRA DA VIDA

Joilson Gouveia*

Um erudito literato e veterano vetusto de caserna castrense de nossa briosa Caetés nos ofertou formidáveis *sombras* iluminadas, brilhantes e incandescentes ou poéticas; a saber:

SOMBRAS

Já tua sombra sempre me

Acompanha....

Segue -me nos dias

Ensolarados...

Vezes paira nos meus ombros

Cansados...

E vai me curvando  em flexão 

Tão Estranha ...

Em vão tento fugir da tua

Sanha...

Meus passos quedam-se de

Fraqueados...

Afloram-me medos

Angustiados...

Tua imagem então me encolhe e

Acanha...

Onde encontrar o unguento

Cristalino,

Capaz de parar tão fatal

Destino...!?

O que indagas Ó pobre

Criatura...!

Tens o teu tempo...Nada há que

Se Faça...!

A vida, um sopro. É sombra que

Passa...

Se creres terás a eterna

Ventura...!

Maceió, 15 de dezembro de 2023

jrsf

Em resposta, dissemos o seguinte:

Ao mestre vetusto e veterano JR:

Mais uma primorosa poesia, da lavra dum mestre admirável!

Um vetusto veterano venerável!

Nos brinda com maestria, em versos e rimas, sobre sombras!

Essas que a todos assombra, e delas não há quem se esconda!

É o viver a vida, ao sabor das ondas…

Que nos embalam, desde o nascimento até ao final momento, eis, pois, nosso tormento: provando a todos, que nossa vida é breve ou longa, a depender do quanto se assombra!

Seja curta ou longa, dessa sombra ninguém escapa, que nos chega a cada etapa!

Contudo, só Ele sabe da hora exata, do tempo que nos vergasta, que nos alquebra à medida que passa ou perpassa, nessas sombras nos enlaça até que o fim se faça!

Deixe estar; querendo ou não o tempo passa!

Essa sombra que nos acompanha, sendo tão estranha e tamanha sua sanha; que amedronta e acanha ou abocanha: o velho, adulto ou menino; conforme seu destino, já traçado pelo nosso Pai Divino!

O tempo acompanha à sombra, ou essa o encampa!

Tentar contar ou entender nos amedronta e assombra!

Esqueçamos, pois, tempo e sombra, se o curso ou percurso não se exaure num discurso!

Sigamos, pois, ao sabor das ondas e das sombras já que delas não há quem se esconda, evite ou oculte, por mais que se lute, enquanto ser e criatura: vivamos com ou sem agruras, com a certeza de que o fim não se expira numa sepultura!

Lembremos: D’Ele somos criaturas!

Eis a nossa aventura ou Ventura, por mais árdua, dura, amarga ou cruel, nossa meta é o Céu!

Só nossas vestes ficam na terra e só; já que dela somos só o pó!

E, como dito por Jesus, Nosso Irmão Maior e de Luz: ninguém vem ao Pai senão por Mim; este é o nosso Fim!

Abr

JG*

Daí, em tréplica, o mestre deu mais um esmerado banho poético; a saber:

Meu Querido Amigo Joilson...! Mas o que fizeste do meu pífio poemeto...!? E de forma supinamente admirável, tua crítica, transformaste-a num portentoso e soberbo poema, em que as tuas palavras, quais cascatas de magia poética, derramam-se e fluem por borbulhantes corredeiras, plenas de florescência e radiosas de divina espiritualidade, ao tom da maviosa e sonante musicalidade. Vertes a mas fina e expressão da vida intelectual, no fulcro de uma singular e privilegiada inteligência ... Minha gratidão pelos generosos comentários, ditados pelo teu bondoso coração...Um abraço...!👍🏼🤝🏽

Enfim, como dialogar, discutir ou replicar ou treplicar com uma fonte inesgotável de Saber!??

Agradecido, parei e paro por aqui!

Abr

JG*

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