quinta-feira, 15 de setembro de 2022

ILUMINISTRO PISANDO À ENFERMAGEM, OU CURADOR REPUBLICANO?

Joilson Gouveia*
O iluministro ativista judicial escarlate (togado de veludo: um curador republicano jamais escolhido ou nomeado para isso, pelo poderoso, soberano e supremo povo) mas que se diz “preocupadíssimo” com os possíveis, eventuais e supostos, aduzidos, alegados e temidos impactos financeiros, econômicos, sociais e trabalhistas ou com deficiências e falhas nos e dos serviços (prestados por esses profissionais de saúde) aos quais se lhes são indiferentes, isentos ou imunes, como se lhes fossem faltar recursos aos seus próprios subsídios recém majorados em 18%.

Ora, onde esteve tal diligente curador quando optaram pelos estádios padrão-Fifa em detrimento de hospitais, nosocômios, clínicas, UPA’s e unidades de Saúde: “ninguém faz copa com hospitais” [LILS]; lembram disso?

Em verdade, não somente esperneia, espezinha, pisoteia e humilha ou censura, menospreza e desdenha desses imprescindíveis, essenciais, elementares, básicos, fundamentais e verdadeiros “anjos responsáveis, abnegados, dedicados e vocacionados profissionais de Saúde”, mas, sobretudo, ao Congresso Nacional (que aprovou PEC e Lei nesse sentido) enfrenta e afronta, desafia e desrespeita ao PR, que a sancionou, solenemente há mais de trinta dias: 04 de agosto. 

Ora, seria hilário senão fora amoral, anômalo, tragicômico e dantesco ou risível. De lembrar que, para os nobres parlamentares, magistrados e especialmente aos iluministros, do Olimpo, não houve nem há riscos nem limites aos constantes ou reiterados aumentos sazonais de seus parcos, pífios e irrisórios subsídios, inclusive o absurdo recrudescimento do tal fundão eleitoral, partidário e dos planos de saúde dos referidos personagens acima citados, do Olimpo e do Parlamento, em plena guerra pandêmica! 

Note-se: eis que, em pleno domingo – há expediente no Olimpo, aos domingos? -, o profícuo, assíduo, dedicado e diligente ou preocupadíssimo monocrático perleúdo “suspendeu por sessenta dias os efeitos da lei em vigor” (?) - só para gerar pânico, tristeza, terror, revolta e contrariar ou causar celeumas, diatribes, quizilas senão aversão, repulsa ou repúdio ao PR, ao qual compete gestar, gerir, prever e prover os recursos para saneamento, cumprimento ou adimplemento dos referidos pisos dessas categorias, no âmbito federal, e repassar aos estados e municípios os recursos e verbas do SUS, via MS, como o fez e tem feito desde a famigerada pandemia - vejam Portal da Transparência. 

O aveludado curador republicano, CENSOR e/ou FISCAL econômico, financeiro, social e trabalhista menoscaba do Senado e da Câmara, que têm os Poderes legítimos, legiferante e legífero competentes, ora outorgados pelo poderoso, soberano e supremo povo, na verdade, somente quer, anela, intenta e aposta na imediata indignação, insatisfação, rebelião ou revolta dessas categorias e no caos de uma eventual, possível e provável reação paredista - como seria mediana provável ou minimamente razoável, embora inaceitável, intolerável e prejudicial somente aos cidadãos e cidadãs carentes dependentes do SUS, inocentes, isentos ou alheios de culpa -, cuja apenas decorre direta, única e exclusivamente de um indivíduo ou sujeito não-sujeito, não-usuário nem dependente do Sistema de Saúde, e de sua maldade perversa, malvada, maligna, perniciosa e maquiavélica perversidade excessiva, arbitrária e abusiva in limine suspensiva de lei, adrede discutida, aprovada, promulgada por 513 deputados e 81 senadores, e sancionada pelo PR Jair Bolsonaro, óbvia, clara e evidentemente após cumprimento de seus pressupostos ou requisitos de constitucionalidade e legalidade legítimas imanentes, inerentes e próprias do Congresso Nacional, por competentes. 

Estamos, pois, num inimaginável, inaceitável e intolerável parlamentarismo judicial dissimulado ou vivemos e já temos uma metamorfose de pseudo, mini ou semi-presidencialismo senão um aveludado autodeclarado desbragado imperador: escamoteado, disfarçado, travestido, togado ludibriado, imoral, falso, sonso, fingido ou supremamente superior aos 594 membros eleitos, do Parlamento, ao PR e às Leis e à própria CF88? 

O "seu Luís" se acha L’Etat c’est moi: “O Estado sou eu”; é não, “seu luluzinho”, nem aqui é a França! O povo, pois, saibas, não o autorizamos, não!

Fora, seu Luís!

Abr

JG*



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