domingo, 8 de setembro de 2019

QUAL O SENSO DO DECANO CENSOR QUE CENSURA ÀS CENSURAS?

Joilson Gouveia*


Forçoso, pois, reiterar e até repetir idêntico preâmbulo do que averbáramos ontem porquanto há símile acintosa assacadilha dissimulada e subliminar ao atual governo; vejamos, pois, a saber:
  • Como sói acontecido, mais uma vez, cumpre-me instar anuências e as devidas escusas, aos meus quase cem leitores e aos demais que a este virem, por transcrever ipsis litteris o inteiro teor de uma tendenciosa matéria (de renomado webjornal do Sudeste) editada, disseminada e replicada em webjornal local caetés de matiz escarlate à falta de pauta, quiçá incapacidade, ineptidão ou inapetência e incompetência, porém ordinária, contumaz e práxis de useiros e vezeiros da verve escarlate de esquerdistas de esquerda e à esquerda, a saber: “acuse ao adversário do que és e xingue-o daquilo que praticas” –Lênin. Senão vejamos: 
Eis aqui a atual, a saber:
  • “Ministro Celso de Mello diz que ‘as trevas dominam poder do Estado’ -Decano do STF diz que o País está vivendo sob o signo do retrocesso. - As trevas dominam o poder do Estado”. A frase é do decano do Supremo Tribunal Federal, Ministro Celso de Mello, que escreveu à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, para dizer que a censura de livros na Bienal do Rio de Janeiro, constitui um “um fato gravíssimo”.
  • O ministro do STF acusou o País vivendo “sob o signo do retrocesso – cuja inspiração resulta das trevas que dominam o poder do Estado”.
  • Para Celso de Mello, um novo e sombrio tempo se anuncia no Brasil. E destaca como sendo tempo de intolerância, da repressão ao pensamento, da interdição ostensiva ao pluralismo de ideias e do repúdio ao princípio democrático”.
  • O ministro ataca as “mentes retrógradas e cultoras do obscurantismo”, que por ilegítima autoproclamação à condição inaceitável de sumos sacerdotes pretendem impor padrões morais e culturais aos cidadãos da República”. (Sic.) In https://eassim.net/ministro-celso-de-mello-diz-que-as-trevas-dominam-poder-do-estado/ 
Primeiramente, urge destacar que o dito crítico integra, exerce, compõe e domina o “poder do Estado” conquanto pertencer à “alta corte totalmente acovardada”[LILS] cujas “trevas” se lhes são inerentes e imanentes, o que é “fato gravíssimo” haja vista que sequer consegue distinguir país de estado e de governo ou do Estado, o que seria, de fato, um “retrocesso” – a priori, a aduzida, alegada e suposta “censura” às revistas de HQ, expostas na Bienal do Livro, deu-se de ordem do alcaide municipal fluminense, e, ao depois, do Poder Judiciário Estadual, cassando e suspendendo liminar concedida pelo juízo a quo que o ad quem revogou! Logo, referidos feitos, nada têm a ver com o Brasil ou com o seu atual governo, por óbvia, clara e ululante evidência!

Em segundo lugar, se os antolha e se pode inferir das destacadas objurgações e reprimendas censórias aos “censores” – aqui, também, censuradas pelo progressista, luminoso, iluminado, tolerante, pluralista e democrático decano – que tece suas ácidas diatribes abjetas, obtusas e oblíquas porquanto acintosas ao Poder Republicano Democrático do Presidente da República, o qual sequer se pronunciou sobre os feitos reprimidos.

Enfim, pode-se inferir, do assestado, que seus reproches e até mesmo, possivelmente, os seus votos de julgamentos seguem às idiossincrasias próprias do seu bel-prazer, livre nuto, íntimo talante singular e ímpar ou particular alvedrio do perlustrado decano e nunca aos princípios, premissas, normas, regras, esquadros, liames e limites jurídico-positivo-legais-constitucionais, haja vista que se julga o censor das censuras sob seu vetusto prisma democrático de si mesmo, e eu sempre achando que a democracia seria a simples realização do desejo e da vontade da imensa esmagadora maioria do povo que assim escolheu nosso Presidente da República!

Mutatis mutandis et ad argumentandum tantum: averbar-se-á suspeito, in caso, se, por acaso, a causa sub examine subir à “alta corte totalmente acovardada”? 
Mais: por que repreender, reprimir, reprochar, objurgar e censuraràs censuras”?
- O maldito decano, acaso, só por acaso, fora eleito pelo POVO?
Abr
*JG

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