terça-feira, 11 de junho de 2019

O QUE ERA “UM FESTIVAL DE BABOSEIRAS” VIROU O “DEVER SUPREMO DO JORNALISTA DE ESQUERDA NÃO É SERVIR A VERDADE, E SIM SERVIR A REVOLUÇÃO” – Salvador Allende.

Joilson Gouveia*


Antes de adentrar ao tema abaixo transcrito, contido e hospedado o seguinte link, a ver: http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2019/06/10/gravacoes-mostram-que-dallagnol-era-apenas-assistente-de-moro-na-lava-jato/, desde já instando as devidas escusas e, sobretudo, a anuência dos meus quase cem leitores e aos demais que a este virem e tenham acesso, coragem e estômago, para lerem e comparem com os excertos do que dissera o referido blogueiro e renomado arauto escarlate sobre semelhante tema: “vazamentos à imprensa de teor de processos e delações ou denúncias da e sobre a lava-jato”; aos quais, à época, por oportuno, rechaçamos, repelimos, repudiamos e contestamos, há exatos quatros idos, a saber: https://gouveiacel.blogspot.com/2017/05/delatores-confessos-versus-delatados.html; notem bem o que discorrera o atoleimado escarlate, antes e hoje. 
Senão vejamos.
Eis, pois, o que diz atualmente, hoje e agora, a ver:
  • “O site The Intercept Brasil avisa que tem muito mais revelar das conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e a força-tarefa a Lava Jato em Curitiba.
  • E o que vem por aí pode ser ainda pior.
  • Fato concreto é que aquilo que já se sabe revela pelo menos uma verdade: o Ministério Público Federal seguia as ordens do magistrado, em Curitiba, inclusive para realizar operações e apresentar denúncias. Ele mandava, os procuradores de Dallagnol faziam.
  • Independência?
  • Que nada.
  • Não sei se o conteúdo divulgado será suficiente para anular os julgamentos presididos pelo atual ministro da Justiça – inclusive o do ex-presidente Lula -, ainda que o que foi apurado não seja descartado.
  • Que os juristas brasileiros – são mais de um milhão – entrem num improvável acordo sobre o tema.
  • O que também me parece claro: o compromisso assumido com Moro pelo presidente Bolsonaro (que o revelou), de fazê-lo ministro do STF, foi para o espaço.
  • E, cá pra nós, não acredito que os dados e conversas apresentados sejam fruto da ação de algum hacker, como afirmam os integrantes da força-tarefa (o vazamento das informações é muito semelhante ao que vimos no período em que o ministro era juiz).
  • Isso me parece fogo amigo – resta saber onde começou a chama”. (Sic.) 

Eis, pois o que dissera antes, outrora ou há quatros anos passados, a saber:
  • Nunca foi tão fácil fazer telejornais ou produzir matérias em sites e impressos por semanas a fio quanto agora, na Operação Lava-Jato.
  • O espetáculo está garantido pelas muitas horas de gravação das delações premiadas. E embora elas tenham perdido o impacto – por deixarem de ser novidade -, as falas dos delatores são a principal matéria-prima de um trabalho preguiçoso, que vai ao ar diariamente.
  • A Justiça disponibiliza as gravações, os editores fazem a seleção – ao gosto – e apresentam ao grande público como a última novidade do planeta. Quando muito, seus intérpretes, os comentaristas, falam da “gravidade dos fatos” ou tentam traduzir o que está dito: como telespectadores, leitores e ouvintes devem entender a fala do dia.
  • Um festival de baboseiras!
  • Poucos são os profissionais de imprensa que, tendo condições de fazê-lo, se dispõem a checar informações, comparar os relatos, buscar algo mais do que a fala dos réus confessos os criminosos “arrependidos”.
  • O principal efeito colateral desse “trabalho” jornalístico é criar a falsa impressão de que a Justiça está sendo feita.
  •  Não está.
  • E, cá para nós, os delatores, estes, sim, estão voltando para suas mansões, condomínios de luxo e recantos aprazíveis, como se nada tivessem feito: ricos a não mais poderem.
  • Até parece que a Justiça Federal do Paraná virou um confessionário: quem reconhece os pecados cometidos reza as orações recomendadas, limpa a própria consciência e renova os votos de bondade e honestidade longe da cadeia, é claro.
  • A grande imprensa, de forma geral, se dá por satisfeita e agradecida por poder, diariamente, apresentar o resultado do trabalho… alheio”. (Sic.) – sem destaques no original – contido in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2017/05/13/o-espetaculo-das-delacoes-alimenta-o-jornalismo-preguicoso-de-cada-dia/ 

O que o teria feito mudar assim? Antes: era “um festival de baboseiras”, para deleite de “jornalistas preguiçosos”! Hoje, são as mais fidedignas, verídicas, verdadeiras e verazes verdades ou “fatos concretos”, ainda que oriundas, dimanadas e provindas de “vazamento de fogo amigo” ou furto de alguns hackers – será que fez aquilo que aconselhara aos demais colegas seus: “Poucos são os profissionais de imprensa que, tendo condições de fazê-lo, se dispõem a checar informações, comparar os relatos, buscar algo mais do que a fala dos réus confessos os criminosos “arrependidos”?

Enfim, continuo dizendo, repetindo, reiterando e replicando o que já havíamos assestado, a saber:
  • Por 21 anos, a “imprensa-canalha” [Millôr] fez e faz aquilo que vaticinara Joseph Pulitzer: “com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corruPTa formará um público tão vil como ela mesma”.
  • É o que temos visto – ou melhor: não temos visto, lido ou ouvido – a imprensa-canalha, como definida por Millôr, sequer menciona, informa e discorre ou denega, rebate, repele, repudia ou critica senão encobre o criminoso “foro de São Paulo”, que urdiu o fim do Brasil, para ser a Pátria-Grande deLLes, seus manifestantes desfraldam e empunham bandeiras outras que não a do Brasil. - Na íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com/2018/09/o-vaticinio-do-general-presidente-do.html 

Agora, para pensar na cama - plagiando o saudoso Joelmir Beting: por que a imprensa pugna tanto contra a franqueza, serenidade, seriedade, honestidade e sinceridade de um único homem, que enfrenta o Estabilshment (ordem social estabelecida de pessoas de grande influência ou poder, desde FHC&Lula: as lâminas da tesoura escarlate) que anela o unitário e totalitário ESTADO-DEUS, onde sequer há imprensa senão a “oficial” ou “chapa-branca”?

Embora a democracia seja “a estrada segura” (ao comunismo/socialismo/marxismo/leninismo/stalinismo) ou “o essencial oxigênio” (Gramsci) dos atuais “progressistas/humanistas/coletivistas/igualitaristas” a imprensa (livre, autônoma, imparcial, impessoal, independente e plural) deixa de existir; ou não?

É JÁ IR ou já era, temos dito, repetido, reiterado e replicado haja vista que inexiste democracia sem alternâncias, mudanças, variadas, repetidas e sucessivas sucessões de (e no) Poder, sob pena de uns “condenados” se arvorarem de dizer que “tomaremos o poder, o que é diferente de eleições”, para retornar ao Poder [José Dirceu] e a imprensa silente, calada, muda, ausente, alheia, mouca e quieta: a ameaça é o MITO? Ora, ora, ora, tenham paciência e durmam com o alarido desses! Vejam:
  • (...) inclusive, ao contrário, não há criminosos na “mídia mercenária, cínica e corruPTa” nem na “imprensa-canalha”[Millôr], apenas seus crimes têm [em face à liberdade de imprensa unívoca, unilateral, impessoal e imparcial conforme a verve de useiros e vezeiros escarlates] livre espaço para dissecar, disseminar, espraiar e formar “opiniões” sendo ou não FAKE NEWS – há até “pós-verdades”-, inverídico, falaz, mendaz, loquaz e mordaz é o que o ignaro, incauto, agnóstico ou subliterato leitor/comentarista há de engolir os “crimes de imprensa e da imprensa”, mas nunca dos jornalistas, redatores, repórteres séquitos da pauta determinada por editores/redação – aliás, no mais da vez, se escudam no IN OFF, “para preservar suas fontes”; ou não?
  • Os eleitores avessos, dissidentes e contrários ao candidato qualificado, preparado e capacitado pelo e do Establishment somos todos adjetivados de “loucos, bozos, violentos, fascistas, ‘mané bestão’, ‘maria otária’, plateia do “Chacrinha” ou de ‘reacionários, coxinhas e quejandos’ ou ‘desocupados’ (“vagabundos que não têm mais o que fazer que ler blogs”) quando não pechados de “ditadores”, mormente se ousarem em pedir uma intervenção marcial castrense federalizada tal e qual à de outrora, quando fomos felizes... E como fomos felizes! 

Entrementes, é surpreendente senão espantoso, a despeito de saber do desiderato de todo o “jornalismo” nacional:
  • Salvador Allende: “A objetividade não deveria existir no jornalismo, porque o dever supremo do jornalista de esquerda não é servir a verdade, e sim servir a revolução”. Em discurso no primeiro congresso nacional de jornalistas de esquerda. El Mercúrio, 9 de abril de 1971. Porém, algo está mudando no “jornalismo”, que bom, que legal, para o Brasil e para os brasileiros e brasileiras decentes deste País! Só mesmo um Mito é capaz de tal proeza; não? – SQN! Ironias à parte! :D 

Enfim, é insofismável, induvidoso e imperioso reconhecer, admitir e aplaudir ao “mestre que sempre razão por profissão”, a saber: “grande parte de uma ‘mídia assassina de reputações’, aquela mesma de uma ‘imprensa-canalha’[Millôr] ou ‘mercenária, cínica, corrupta e demagógica’[Pulitzer] ou mera ‘organização criminosa, nada mais’[Olavo de Carvalho], que não retrata os fatos (‘os planeja e produz’), como se tem visto aqui, ali, acolá e alhures, imputa, acusa, julga e condena aos que processaram, julgaram e condenaram o “asceta de prístinas virtudes” e “alma mais honesta” do mundo: todos os demais condenados – bem mais que uma centena e meia – são culpados; menos eLLe!
Por que é que o “seu adEvogado” não consegue provar sua inocência?
Abr
*JG



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