domingo, 19 de maio de 2019

SOMOS UM ESTADO APARELHADO E DOMINADO POR RESSENTIDOS RESISTENTES DERROTADOS

Joilson Gouveia*


Instando anuência dos meus quase cem leitores e, também, dos demais que a este virem, para trazer a lume excertos do escólio lapidar do iluminado escritor, filósofo e comentarista cultural Roger Scruton, abominado, repugnado e repelido ou olvidado pelas nossas universidades aparelhadas, ocupadas, dominadas e doutrinadas pelos escarlates esquerdistas de esquerda e à esquerda, a saber:
  • Um governo totalitário caracteriza-se por uma estrutura de poder centralizado, que não é limitada pela lei nem autolimitada por uma constituição, além de abarcar todos os aspectos da vida social”.1
  • -1Existe ampla literatura que trata da distinção entre um governo totalitário e um autoritário e dos traços perceptíveis do poder totalitário. Ver C.J. Friedrich (org), Totalitarianism. Cambridge, Massachusetts, Harvard University Press, 1956; L.Shapiro, Totalitarianism. London, MacMillan, 1983 (trata do uso e da aprovação do termo pelo movimento fascista); Hannah Arendt, Origes doTotalitarismo. Trad. Roberto Raposo. São Paulo, Companhia de Bolso, 2012 (trata dos antecedentes do totalitarismo o séc. XVIII), e R. Scruton, “Totalitariansm and the Rule of Law”. In: Ellen Frankel Paul (org.), Totalitarianism at the Crossroads. New Brunscwick, London: Transaction Books, 1990. Ver também o clássico e controverso estudo sobre o exemplo soviético, escrito por J. L. Talmon, The Origins of Totalitarian Democracy. London, Mercury Books, 1964.
  • A ideologia totalitária é o sistema de ideias de governo, representando-a comumente como o reino da justiça, talvez até como ‘solução final’ para um problema social que não pode ser resolvido de outro modo”.
  • “Segundo essa definição, há gradações em um governo totalitário. Um governo pode ser parcialmente limitado pela lei, ainda que possa rejeitá-la em situações especiais; pode se apresentar sob a máscara de uma constituição, ainda que tenha uma eficácia limitada na redução de seu poder. O que importa não é amplitude da legalidade totalitária, mas a ausência de qualquer restrição fundamental na autoridade central e o pressuposto de que o governo central, se pudesse escolher, poderia exercer controle sobre todos os aspectos da sociedade, ainda que distantes de seus interesses normais”.
  • “Os que foram influenciados por Hegel podem expressar o argumento de outro modo, afirmando que um governo totalitário é aquele que não respeita ou não reconhece a distinção entre sociedade civil e Estado. O Estado é a autoridade suprema em tudo que diz respeito às escolhas sociais, e nada limita seu poder do modo como poderia ser limitado por uma legislatura representativa ou por um sistema legal baseado na jurisprudência. Sob um regime totalitário, a sociedade torna-se uma criação do Estado, não o contrário, e aqueles que reivindicam a proteção do Estado têm uma vantagem insuperável sobre seu próximo na competição por recursos escasso”.
– Percebam que, no Brasil, esse Estado totalitário supremo é exercido pela “alta corte totalmente acovardada” que nem respeita à própria Constituição e à legislação positivada, especialmente à própria jurisprudência: o povo é contra o aborto e favorável à compra, posse e ao porte de armas, por exemplo; mas o STF, é o “intérprete” (como se ela estivesse escrita noutro idioma e numa língua estranha ao seu povo) e fiel guardião amolgável é contra! É um “Estado” dentro do Estado; ou não?
  • “Na Europa Central e na Europa Oriental, o governo totalitário foi imposto por meio de partidos políticos, seguindo o exemplo do ‘centralismo democrático’, inventado por Lênin e posteriormente copiado por Hitler. O partido era uma organização quase militar, muito diferente do que seria chamado de partido político no Ocidente hoje em dia. Ele não tentava ampliar o número de filiados; ao contrário, buscava limitá-lo àqueles aos quais as ordens centralizadas podiam ser confiadas. Os membros eram recompensados por sua obediência com benefícios sociais que não poderiam ser desfrutados por cidadãos comuns”:
- Por exemplo, lagostas, ostras, camarões e vinhos e espumantes premiados, por exemplo, sem falar nas mordomias, benesses, graçolas, sinecuras e privilégios ou prerrogativas tanto quanto os tais parlamentares, com seus carros blindados com motoristas e seguranças armados; mas são CONTRA a compra, a posse e o porte do cidadão comum. (?)
  • “Desse modo, o Partido Comunista gerou, como afirmou Djilas, uma ‘nova classe’, conhecida em russo como ‘nomenklatura’, cujos privilégios eram muito mais garantidos que aqueles das aristocracias anteriores, já que não surgiam por meio de uma ‘mão invisível’ graças a interações sociais, mas eram impostos pelo Estado. A sociedade era controlada pelos líderes. Por ter sido concebido em termos militares, o partido não podia depender da lei civil existente para exercer sua disciplina; ao contrário, tinha de fazer com que a lei servisse a seus propósitos. A partir dali, a lei deixou de ser um meio para resolver conflitos sociais e estabelecer a justiça, tendo se transformado num dispositivo para punir aqueles que se desviavam da linha do partido”.
- Mas, aqui no Brasil, quanto mais “desviados”, delatados, denunciados, processados, julgados e condenados mais qualificados para os quadros partidários; vejam que nenhum dos condenados em várias Instâncias foram defenestrados, expurgados e expulsos de seus ‘partidos’; salvo Delcídio e Palocci!
Por que nossos intelectuais da elite-pensante e pensadores-críticos ou filósofos uspianos são amantes do marxismo ou totalitarismo senão autoritarismo nababesco?
  • “Mas nem tudo em Marx é falso, e uma de suas teorias é particularmente relevante para a compreensão do totalitarismo: a própria teoria da ideologia. Marx entendia ‘ideologia’ como um conjunto de ideias, doutrinas e mitos que existem devido aos interesses que promovem, e não a verdade que contêm.
  • “Está implícito nessa teoria o controle (um tanto obscuro) feito por Marx entre ideologia e ciência. Para Marx, ciência é o oposto de ideologia e também cura para ela. Tal como podemos afirmar hoje, as crenças científicas surgem em busca da verdade e por ela são explicadas, e é por meio do método científico que avançamos de verdade em verdade. As crenças ideológicas surgem (e são explicadas pela) busca do poder social e econômico. Consequentemente, podemos criticar a ideologia de uma perspectiva científica, mostrando que ela é um mecanismo de busca do poder, não da verdade. Porém a crítica da ciência com base em uma percepção ideológica é mera ideologia, algo que não explica nem prejudica nada.
  • Para Marx, os interesses promovidos por uma ideologia pertencem a uma classe dominante. De modo semelhante, podemos sugerir que os interesses promovidos pela ideologia totalitária pertencem a uma elite ambiciosa. Também podemos confrontar a ideologia totalitária revestidos de um espírito marxista, explicando-a por meio de sua função social, e assim, destruindo suas pretensões epistemológicas. Não é a veracidade do marxismo que explica a disposição dos intelectuais de acreditar nele, mas o poder que ele confere aos intelectuais e a suas tentativas de controlar o mundo”.
Por que os resistentes derrotados e ressentidos escarlates esquerdistas de esquerda e à esquerda ainda NÃO aceitaram, compreenderam e respeitaram à derrota para o MITO?
  • Vejo o ressentimento como uma emoção que aparece em todas as sociedades, por ser um resultado natural da competição em busca do lucro. As ideologias totalitárias são adotadas porque racionalizam o ressentimento e unem os ressentidos em torno de uma causa comum. Os sistemas totalitários surgem quando os ressentidos, depois de tomarem o poder, incumbem-se de abolir as instituições que deram poder a outros: instituições como a lei, a propriedade e a religião, as quais dão origem a hierarquias, as autoridades e privilégios, e permitem que os indivíduos sejam soberanos em relação a sua vida. Os ressentidos acreditam que essas instituições são a causa da desigualdade e, portanto, de suas próprias humilhações e falhas. (...) Para os ressentidos, a verdadeira autoridade ou o poder legítimo não existem. A única coisa que existe é o poder em estado puro, exercido por uma pessoa sobre outra e identificado por meio das famosas perguntas de Lênin “Quem exerce o poder? Sobre quem?” (...) Uma das funções da ideologia é contar uma história elaborada sobre o grupo que será alvo de ataques, tentando mostrar que ele é desumano, injustamente bem-sucedido e intrinsecamente merecedor de punição. Não há nada mais reconfortante para os ressentidos que esta ideia: as pessoas que possuem o que eles invejam possuem-no injustamente. Na cosmovisão do ressentido, o sucesso não é uma prova de virtude; ao contrário, é um apelo à retribuição.
É o que temos visto, o Mito sobre miríades de ataques de toda ordem e de todos os lados, mormente de uma "imprensa-canalha" [Millôr] "cínica, mercenária e corrupta" [Pulitzer] e uma “mídia assassina de reputações”, que “planeja e produz” [Olavo de Carvalho] a serviço da nomenklatura, establishment e intelligentsia escarlates!

Bem por isso, nos dividirem a todos em “inocentes” e “culpados”! Enfim, “A ideologia marxista dá àqueles que são frustrados intelectualmente o poder de que necessitam: o poder de seu próprio ressentimento, que ecoa e amplia o ressentimento de uma classe que se faz de vítima”. Loco citato Op. Cit. P. 180/189

Vejam aos memes abaixo sobre os mi-mi-mi, chororôs, ladainhas, cantilenas, lamentos, lamúrias e latomias!
Abr
*JG

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