domingo, 31 de março de 2019

A BARBARIDADE HUMANA É INERENTE E IMANENTE AOS IMPERFEITOS FALÍVEIS HUMANOS

Joilson Gouveia*


Louve-se ao intimorato silabário assestado pelo astuto, arguto e sagaz literata caetés tupiniquins sobre a maldade humana ou desumana, das personagens citadas ou aqui destacadas, de comum e em comum, todas elas socialistas/comunistas ou escarlates esquerdistas de esquerda e à esquerda, embora tentem sempre negar e até insinuar e imputar uma certa destra direitista e de direita ao assassino tão ou mais cruel, frio e sanguinário Hitler: Adolf Hitler, do partido nacional (nazista-socialista) dos trabalhadores alemães, cujos símbolos traziam insculpidos o martelo e a foice, dos comunistas/socialistas.

Aliás, olvida o autor, por lapso memorial ou de adrede urdido propósito, dos nossos tão idolatrados por escarlates nacionais: os “pacatos, pacíficos e pacifistas ou humanistas Fidel Castro, Che Guevara, Hugo Chaves e Nicolás Maduro et caterva escarlate, na América Latina e na África, por exemplos.

Ao ensejo, urge trazer à colação excertos do livro “Tolos, fraudes e militantes”, de Roger Scruton, especialmente sobre os muitos, diversos e assaz variados autores sinistros, sestros e canhotos sobre o socialismo/comunismo, mormente sobe o socialismo britânico, em particular sobre:
  • "(...) As raízes de Raymond Williams (...) Em obras Como ‘Cultura e sociedade’ 1780-1950 (1958), ‘A longa revolução’ (1961) e o ‘Campo e a cidade’ (1973), ele trouxe uma visão da classe operária inglesa como diretamente relacionada à teoria da social-democracia, a fim de dar uma perspectiva nova e pessoal ao passado e ao presente do movimento trabalhista.
  • (...) E assim, o livro prossegue, com escritores que buscaram pintar a sociedade humana como ela é, reconhecendo que o humano existe em muitos níveis sociais e estilos, sendo imperfeito em todos eles”. (sic.) Loco citato in op. cit.
Diz-nos mais, Roger Scruton:

·“A ideia de um herói revolucionário não é nova. Foi inspirada no Risorgimento italiano e no culto a Garibaldi; foi tema recorrente da literatura na Rússia do século XIX e a inspiração original para o ciclo do Anel de Wagner. Mas sempre foi problemática para os marxistas”.
·“Na verdade, é um dos mais interessantes paradoxos do marxismo o fato de que combinou uma teoria da história que nega a eficácia da liderança com uma prática revolucionária que depende inteiramente da liderança para seu sucesso, e que foi capaz de consolidar seu poder apenas ao estabelecer hábitos de reverência em relação aos heróis revolucionários. Esse paradoxo – o problema do ‘assim chamado Grande homem’, como Engels o descreveu – foi tratado diretamente por Gramsci em seus textos teóricos. Mas ele jamais poderia ter previsto que uma geração de estudantes algum dia aprenderia a vê-lo sob a mesma luz e com a mesma adulação acrítica com que aprendeu a ver Trotski, Mao, Castro e Che Guevara: como líder, professor e herói de um movimento revolucionário mundial”.
·(...) “O líder personifica a verdade, em uma luta até a morte contra o erro”. (...) Desse modo, foi através da cultura – através de universidades, escolas de arte, teatros e livros – que a Nova Esquerda conseguiu seu maior e mais imediato impacto durante os anos 1970”.
·(...) Há outros exemplos – Ho Chi Minh, Che Guevara e Stalin -, mas nenhum mais vívido para aqueles de nós que foram estudantes na década de 1960 que Gramsci, que fez para os anos 1960 o que Lenin e Stalin haviam feito para os anos de 1930 e 1940: convencer seus seguidores de que a prática revolucionária e a correção teórica eram atributos idênticos, que aprender era igual a ser sábio e que ser sábio era igual a ter o direito de governar”.
·(...) É testemunho do sucesso da propaganda comunista que tenha sido capaz de persuadir tantas pessoas de que o fascismo e comunismo eram opostos e de que havia uma única medida na ideologia política, estendendo-se da ‘extrema esquerda’ à ‘extrema direita’. Assim, embora o comunismo esteja na extrema esquerda, é simplesmente mais um estágio na estrada que todos os intelectuais devem percorrer a fim de nãos serem contaminados pelo verdadeiro mal de nossos tempos: o fascismo.
·“Talvez seja mais fácil para um escritor inglês que para um italiano ver através desse nonsense e perceber que ele foi projetado para ocultar a profunda similaridade estrutural entre comunismo e fascismo, tanto na teoria quanto na prática, e seu comum antagonismo às formas parlamentares e constitucionais de governo”.
·Mesmo que aceitemos a – altamente fortuita – identificação entre nacional-socialismo e fascismo italiano, falar de qualquer um deles como verdadeiro oposto político do comunismo é trair o mais superficial entendimento da história moderna. Na verdade, há um oposto a todos os ‘ismos’, que é a política negociada, sem ‘ismo’ e sem nenhum objetivo que não seja a coexistência pacífica de rivais.
·O comunismo, como o fascismo, envolve a tentativa de criar um movimento popular de massa e um Estado unido sob o governo de um único partido, nos quais haverá coesão sobre o objetivo comum. Ele envolve a eliminação da oposição por qualquer meio necessário e a substituição da ordenada disputa entre partidos por ‘discussões’ clandestinas no interior da única elite governante. Envolve assumir o controle – ‘em nome do povo’ – dos meios de comunicação e educação, e instilar um princípio de comando da economia”.
·(...) É claro que há diferenças. Os governos fascistas algumas vezes chegaram ao poder por eleição democrática, ao passo que os governos comunistas sempre se apoiaram no coup d’etat. E a ideologia pública do comunismo é de igualdade e emancipação, ao passo que o fascismo enfatiza a distinção e o triunfo. Mas os dois sistemas se parecem em todos os aspectos, incluindo a arte pública, que exibe o mesmo tipo de grandiosidade e kitsch – a mesma tentativa de mudar a realidade gritando com toda a força dos pulmões”.
·(...) Assim, quando Lenin anunciou que ‘a única escolha é entre a ideologia burguesa e a socialista, não há meio termo*, ele meramente transformou em slogan a teoria marxista da luta de classes”. (Sic.) – Loco citato op. cit. p. 271/294.
·- * V. I. Lenin. What is to Be Done? (1902). Em Selected Works. Moscou. 1977, volume I, p.122 [Que fazer? São Paulo: Martins Fontes, 2006]

Enfim, embora ainda vivamos numa geração dita evoluída (desde os macacos, para alguns civilizados humanistas) e aparentemente numa Sociedade altamente culta e urbanamente civilizada, da modernidade, a humanidade ainda é falível, ainda somos imperfeitos e padecemos da falibilidade humana, enquanto humanos; e o pior: há muitos que insistem no erro, mesmo após mais de 16 anos de desacertos grotescos; já nos dissera Voltaire - François-Marie Arouet:A civilização não suprime a barbárie; aperfeiçoa-a”. Porém, sem descurar de que:
Abr
*JG
P.S.: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos: salve 31 de março de 1964”!

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