sexta-feira, 2 de novembro de 2018

SOMOS TODOS ANIMAIS POLÍTICOS

Joilson Gouveia*


·  1 - “Somente os tolos acreditam que a política e a religião não se discutem. Por isso os ladrões permanecem no poder e os falsos profetas continuam a pregar”. Desconheço a autoria.
·  2 – “O sábio pode mudar de opinião. O idiota nunca” [Imannuel Kant] – Isso vale para as pessoas que votaram no PT e sabem que fizeram merda, mas não mudam, preferem deixar o País pagar pelo seu erro e não ajudam a tirar do poder quem eles elegeram.

A latomia, litania, ladainha, cantilena, chororô ou mi-mi-mi dos “intolerantes antipáticos derrotados, perdedores e vencidos”, que seguem à risca ao escólio de seu deus (Karl Marx: "A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa") creem piamente – ainda que ateístas, materialistas e “cientistas” – no escólio marxista, embora digam que não mais exista comunismo/socialismo, pois acabou com a “queda do muro de Berlim” [o que há, pois, segundo eLLes, é progressismo/coletivismo/igualitarismo/humanismo e altruísmo porquanto amantes da humanidade, "incapazes de amar ao próximo", como dito por Nelson Rodrigues] num determinismo histórico e que se repete a História, mormente ao comparar fatos e personagens distintos e de caráter dispares, diversos e divergentes ou contrários, sobretudo em reputação!
Vejam só, a saber:
  • Sem dúvida alguma, o convite aceito pelo juiz Sérgio Moro para ser ministro de Jair Bolsonaro atende à expectativa de uma parcela significativa da população brasileira.
  • Aliás, o próprio Bolsonaro, durante a campanha já havia avisado que faria o convite.
  • Mas é interessante lembrar que há semelhanças históricas entre o caso Moro, de agora, e o do ex-ministro Francisco Rezek, que compôs a equipe de “notáveis” da primeira parte do governo Collor.
  • É lembrar: Rezek era ministro do Supremo e presidente do TSE quando da eleição de Collor ao Planalto.
  • Jurista respeitável, com doutorado em Direito Internacional, ele deixou o STF para compor a equipe do primeiro presidente do Brasil eleito democraticamente, pós-ditadura, se tornando ministro das Relações Exteriores.
  • Dois anos – e muitas críticas – depois, Rezek retornou ao mesmo Supremo Tribunal Federal, nomeado pelo próprio Collor.
  • Moro deve ir também para o STF. Parece, muito claramente, ser este o seu objetivo futuro.
  • É claro que a polêmica em torno da sua atuação na Lava-Jato tende a se amplificar.
  • Ele terá de enfrentar o ônus e o bônus de chegar ao poder.
  • Existe uma ilusão geral, da grande maioria dos brasileiros, de que os integrantes do Judiciário não têm preferências ou opções políticas. É claro que têm.
  • O que não os obriga a serem parciais (ou imparciais). Esta, sim, é uma opção – de consciência – dos magistrados”. (Sic.) – Na íntegra in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2018/11/01/moro-repete-historia-de-ministro-do-governo-collor/
- Primeiro: nunca houve a alegada terrível “ditadura” – onde já se viu uma sem ditador? Ou com sazonais, alternados, temporários, sucessivos e sucedidos ditadores; nem mesmo em Cuba ou Venezuela, né? Aliás, abdicaram-na gentil, pacífica, urbana, tranquila e democraticamente; não? –, o regime constitucional marcial castrense fora instado pelo Congresso Nacional de então, já dissemos isso, a saber: https://gouveiacel.blogspot.com/2017/10/jamais-tivemos-uma-ditadura-militar-e.html.
- Segundo: acaso, só por acaso, o perlustrado, brilhante e magnífico MAGISTRADO Sérgio Fernando Moro estaria impedido, proibido e vetado de assumir a quaisquer cargos no governo do recém-eleito Presidente da República?
- Terceiro: só quem não tem nenhuma preferência política são os "agentes-de-transformação-social” da extinta imprensa-livre e os arautos escarlates!
- Quarto: a subliminar sub-reptícia assestada e insinuada de que tenha agido com parcialidade, no caso do réu/presidiário/condenado/preso e “hóspede de uma indevida carceragem”, não alcançaria aos demais – 140 ao todo - outros processados, julgados, condenados e, também, presos, mormente dos sentenciados envolvidos no PTrolão; né?

A lembrar de que Dias Tóffolis (advogado militante petista por dezenas de anos), Lewandowski, Edson Fachin (que abertamente fez campanha para a “criatura”), Rosa Weber, Carmem Lúcia, Roberto Barroso, Luís Fux foram indicados e nomeados pela “criatura” do “criador” ou réu/condenado e preso. Celso de Mello, por Sarney, e Marco Aurélio, por Collor, e Alexandre de Moraes, pelo vice preferido de ambos; nenhum desses têm preferência política, né?

Voltaire já nos advertira: “é difícil libertar os tolos das correntes que eles veneram” E mais: “quando o fanatismo está gangrenado no cérebro, a enfermidade é quase incurável”!

Enfim, é demência, fingimento ou má-fé olvidar que estiveram, nesses últimos dezesseis anos, no Poder!
Ultimato: “Não torça para dar errado e ter o prazer nefasto de dizer: “eu avisei”! Torça para dar certo e ter a humildade de dizer: “eu me enganei”! Assim como assumi pelo erro de ter caído e crido no engodo do “lulalá”! ;)
Aceitem-no: o Mito é o nosso Presidente!
Abr
*JG




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