sexta-feira, 9 de março de 2018

ESTAMOS ATRASADOS EM MAIS DE DEZ LUSTROS

Joilson Gouveia*


Meu prezado Silvio Marcelo, por favor, permita-me desconcordar de suas preocupadas e preocupantes assertivas, inclusive até ouso sugerir-lhe a leitura das seguintes obras, de Ludwig von Mises: “Marxismo Desmascarado”; “A Mentalidade Anticapitalista” e “O Livre Mercado e Seus Inimigos”, mormente nesta última, na qual:
·         Ele explica a natureza do homem como a de um ator pertinaz, que confere significado às suas ações no contexto dos fins escolhidos e dos meios selecionados para atingir seus objetivos. É a intencionalidade do homem que torna as ciências naturais. Isso também permite que Mises demonstre por que a teoria do materialismo dialético e do determinismo histórico de Karl Marx é fundamentalmente um mito e uma fantasia”.
·         “(...), ele mostra o funcionamento real do processo de mercado através do qual a liberdade econômica fornece os incentivos e a liberdade pessoal para que os indivíduos possam trabalhar, economizar e investir (...) como a demanda por bens e serviços sempre orientada pelo cliente, é o que realmente fornece o estímulo e as oportunidades de lucro para que os empreendedores, de forma criativa, organizem e guiem a produção de modo a servir aos desejos e necessidades do público comprador. Op. Cit. P. 21/22.
Noutras palavras, o cliente, o freguês, o indivíduo, o sujeito ou o consumidor é quem irá ditar as regras do mercado e do consumo, conforme sua preferência e livre escolha, pela eficiência, eficácia e qualidade do bem ou produto que pretenda adquirir, haja vista que o “processo de mercado é dependente da emergência de um meio de troca – o dinheiro -, através do qual uma miríade de bens e recursos podem ser reduzidos a um denominador comum, na forma de preços monetários”.
Com efeito, ele deita por terra aquela esfarrapada, surrada e arcaica ideia equívoca de que “a riqueza de um homem é causa da pobreza de outros homens”.
Enfim, “trata-se de entender que a riqueza é criada; ele não existe pronta na natureza”.
Diz-nos mais ainda, a saber:
·         (...) Mas a famosa teoria da exploração de Karl Max erra por cair no chamado ‘jogo de soma zero’ – isto é, acredita-se que a economia é uma atividade em que um ganha e outro perde, como se não houvesse nenhuma criação no processo. Assim, tratando o mundo como um grande jogo de aposta, Marx demonstra não perceber que aquilo que chamou de ‘classe burguesacria algo que não existia anteriormente, portanto, não é exato dizer que há ‘exploração’, que esta ‘classe’ apodera-se daquilo que é apenas o esforço da ‘classe trabalhadora’. Mas em sua visão, apenas o trabalho (em sentido laboral, físico) gera algo novo, tomado à força pelo poderio econômico. Desta forma, conclui-se que somente o proletário teria um direto sobre toda a riqueza do mundo, por ser o único responsável pela sua existência. No entanto, bastaria analisar quais são os países em que mais se trabalha, comparando-os com os países mais ricos, para se notar a disparidade entre eles, e perceber o quanto a teoria marxista atirou para longe do alvo. (Sic.) - A Mentalidade Anticapitalista. P. 9/11.
Abr
*JG

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