domingo, 24 de setembro de 2017

TRABALHO DIGNIFICA O HOMEM E ENOBRECE A ALMA E SEU ESPÍRITO

Joilson Gouveia*

Concordo em gênero, número e grau com o talento literário de nosso primoroso literata caetés e tupiniquim, que nos premia com suas maravilhosas crônicas dominicais e, semanalmente ou diariamente, também com suas argutas sátiras, contundentes críticas e análises perspicazes e diatribes diárias sobre o cotidiano e ilustres celebridades ou personalidades políticas da atual conjuntura e alguns feitos e fatos históricos; é, pois, inegável seu conhecimento, cultura, inteligência e saber!

Mas, tem sido assim, desde a clássica obra literária em forma de alerta ou em “livro-denúncia” da “Invasão Vertical dos Bárbaros”, de nosso genuíno, sábio e autêntico filósofo Mário Ferreira dos Santos, versando sobre como, quando, quanto, quem ou onde e o que da nossa cultura Ocidental tem sido desdenhada, aviltada, vilipendiada, menoscabada e destruída em seus valores axiológicos éticos e morais, pelo ignóbil, inane, inóxio e insano “multiculturalismo” espraiado feito pandemias, endemias e epidemias nos seios de Sociedades Ocidentais, mormente nos países tidos como capitalistas, pelos gramscistas adeptos, sequazes e séquitos do carcomido, arcaico, esfarrapado, superado, ultrapassado e fracassado socialismo/comunismo, que sempre viu (e ainda vê, pelo visto) o labor, o trabalho como uma exploração do homem ou a expropriação de seu viço, vigor, força e físico pelo indigitado Capital, que amam tanto e tanto amam! Ou não? – “Comerás o pão com o suor de seu rosto”- Bíblia: Gênesis!

Entrementes, quanto ao sorridente “Sísifo” (que trabalhava como “condenado” porquanto havia sido “condenado pelos deuses” ao hercúleo “esforço inútil” de elevar enorme pedra ao cume de uma íngreme colina, segundo a mitologia grega) - para mim, no meu parco entender e creio eu -, não pode nem deve ser comparado ao labor de quaisquer um dos trabalhadores abnegados, diligentes, dedicados, disciplinados, pontuais, assíduos, proficientes e profissionais. Todo trabalha tem o seu valor!

Afinal, só “o trabalho dignifica o homem* e até “enobrece a alma ou o espírito”, como dito por outros intelectuais-pensadores; enquanto óbolo vicia e o torna refém da ignominiosa, insidiosa, oprobriosa, inescrupulosa e criminosa preguiça. Todo digno trabalhador, que se esmera no seu labor, é muito mais que um “Sísifo”: é um artífice, artesão, artista, um obreiro útil, proficiente e produtivo por mais humilde, comum, trivial, simples, braçal e físico que o seja ou pareça ser! Há, pois, uma imensa maioria que sente prazer e alegria em trabalhar. Ou não?

*Atribui-se ao ilustre pensador Max Weber, alemão que viveu entre 1864 e 1920, em sua célebre obra ‘A ética protestante e o espírito do capitalismo’, cunhou a expressão famosíssima ‘o trabalho dignifica o homem’ que, embora isolada de seu contexto original, muito fala sobre a importância do trabalhador e do próprio trabalho em uma sociedade, qualquer que seja ela...Fonte: Wikipédia.

Aliás, bem pior ou muito mais grave, triste, doloroso, cruel e indigno é não ter labor ou não dispor de um ou até mesmo disposição, força e coragem para trabalhar; ou o mais drástico, infame, tétrico, terrível e tenebroso: buscar um trabalho e não encontrar – que o digam os mais de 13,6 milhões de trabalhadores brasileiros desempregados deste país, mormente os que foram demitidos no último triênio, que nem mesmo um “Sísifo” podem ser!

O que é lastimável, inaceitável e desesperador porquanto não há “Sísifo” que sorria, sem seu emprego ou trabalho ou atividade, sem o digno, justo e a devida recompensa remuneratória ou retribuição compensatória ao seu labor (seja PRO LABORE FACIENDO ET PROPTER LABOREM)! – ver mais aqui, a saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/05/lembro-os-os-comunistassocialistas.html
Abr
*JG

Um comentário:

  1. Foi Benjamin Franklin, e não Webber, quer cunhou a frase "o trabalho dignifica o homem" - cerca de 150 anos antes.

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