quarta-feira, 10 de maio de 2017

ESTATÍSTICA É CENOURA DE BURRO PARA BURROS (?)

Joilson Gouveia*

·         (A morte de uma pessoa é uma tragédia; a de milhões, uma estatística. Joseph Stalin)
Muitos dela (estatística) se servem como advertido por Andrew Lang – “Alguns usam a estatística como os bêbados usam postes: mais para apoio do que para iluminação.”
Ademais, tudo segue à risca às teorias, teses, estratégias, táticas, programas, projetos e planos e esquemas tecidos, urdidos e tramados pelos socialistas/comunistas (que muitos incautos, ignaros, incautos e ingênuos pensam ter expirado, exaurido e extinto com “a queda do muro de Berlim”, conforme temos discorrido e discorremos aqui, a saber: a) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/05/lembro-os-os-comunistassocialistas.html; b) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/01/os-planos-projetos-e-programas.html, e; c) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/04/socialistas-sao-meros-artifices-do-mal.html; dentre outros mais em nosso blog), os quais foram ultimados e aperfeiçoados nos três últimos foros-mundiais realizados no Brasil: Manaus, Porto Alegre e São Paulo – lembro-os que o ECA Estatuto da Criança e do Adolescente - é de 1990, bem como também o tal PETI, que o sucedeu, sem falar na lei antidrogas, que mais protege que reprime, nem pune e tampouco criminaliza os “suspeitos” ou contumazes usuários apelidados de “dependentes químicos”! – Vide mais sobre o tema n http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/04/eureka-o-insoluvel-busilis-tem-solucao.html.
De lembrar, pois, que desde a debacle redemocratização, a esquerda alçou ao Poder e, desde então, tudo seguiu e segue a contento e a todo vapor, mormente com a “pátria educadora”. Aliás, ao ensejo, urge trazer à colação alguns excertos do texto “A transfiguração do desastre” editado em O Globo, de 16 de junho de 2001, de Olavo de Carvalho, a saber:
·         Sempre que os esquerdistas querem impor um novo item do seu programa, alegam que é a única maneira de curar determinados males. Invariavelmente, quando a proposta sai vencedora, os males que prometia eliminar são agravados. O normal seria que, em tais circunstâncias, a esquerda fosse responsabilizada pelo desastre. Mas isto jamais acontece, pois instantaneamente o argumento legitimador desaparece do repertório e é substituído por um novo sistema de alegações, que celebra o fracasso como um sucesso ou como uma necessidade histórica incontornável.
·         Ninguém compreenderá nada da história do século XX – nem deste começo do XXI – se não conhecer esse mecanismo de justificação retroativa pelo qual leva o povo a trabalhar em prol de metas não declaradas, que o escandalizariam se as conhecesse e que por isto só podem ser atingidas pela via indireta da cenoura de burro.
·         Alguns exemplos tornarão isso bem claro.
·   1) Quando o Partido Comunista lançou seu programa de destruição das instituições familiares ‘burguesas, consubstanciado no que mais tarde viria a ser a ‘liberação sexual’, sua alegação principal, elaborada pelo dr. Willelm Rech, consistia em que o homossexualismo, sadomasoquismo, fetichismo etc. eram frutos da educação patriarcal repressiva. Eliminada a causa, essas condutas desviantes tenderiam a desaparecer do cenário social. Bem, os últimos resíduos de valores patriarcais foram suprimidos da educação ocidental entre as décadas de setenta e oitenta, e o que se viu em seguida? A disseminação, em escala apocalíptica, daquelas mesmas condutas que se prometia eliminar. Obtido o resultado, essas condutas começaram a ser celebradas como saudáveis, dignas e meritórias, e toda crítica a elas passou a ser condenada – às vezes sob as penas da lei – como abuso intolerável e atentado contra os direitos humanos.
·    2) Quando a esquerda mundial começou a lutar pela legalização do aborto, um de seus argumentos principais consistia em que o grande número de abortos era causado pela proibição, que facilitava a ação de charlatães intrometidos e gente não habilitada em geral. A legalização, prometia-se, obrigaria a realizar o aborto em condições medicamente aceitáveis, portanto diminuindo o número de casos. Qual foi o resultado? No primeiro ano, o número de abortos nos EUA subiu de 100 mil para um milhão e não parou de crescer até hoje. Pelo menos 30 milhões de bebês já foram sacrificados, ao mesmo tempo que os apologistas da legalização, em vez de admitir a falácia de seu argumento inicial, festejam o fato consumado, tratando de marginalizar e criminalizar qualquer crítica ao novo estado de coisas.” (Sic.) – sem grifos no original.
Inclusive, aqui no nosso querido e amado Brasil, até o STF se deixou levar pelo ardiloso engodo da esquerda caviar, a saber: a) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2016/12/seres-insipientes-ja-podem-matar-aos.html, e; b) http://gouveiacel.blogspot.com.br/2016/12/de-que-serve-nossa-carta-cidada.html. Ou seja, onde a lógica ou a atoleimada preocupação com a recrudescente violência letal de crianças, adolescentes e jovens, se já é consentido, permitido, anuído e autorizado (legalizado) ceifar seres incipientes, antes de noventa dias de vida? Hipócritas! Canalhas! Cínicos!
Voltemos aos excertos.
·     3) Quando os esquerdistas norte-americanos inventaram a política de quotas e indenizações conhecida como affirmative action, alegavam que diminuiria a criminalidade entre a população negra. Oficializada a nova política, o número de crimes cometidos por negros contra brancos aumentou significativamente, segundo estatísticas do FBI. Que fizeram então os apóstolos da affirmative action? Reconheceram humildemente que reforçar o sentimento de identidade racial era alimentar preconceitos e conflitos de raça? Nada. Celebraram o aumento da hostilidade racial como um progresso da democracia.
·     4) Quando, querendo destruir a tradição norte-americana que considerava a educação um dever da comunidade, das igrejas e da das famílias antes que do Estado, a esquerda norte-americana reivindicou a burocratização do ensino, um de seus argumentos básicos era que a delinquência juvenil só poderia ser controlada mediante ação educacional do Estado. Com Jimmy Carter, em 1980, os EUA passaram a ter pela primeira vez um Ministério da Educação e programas de ensino uniformes. Duas décadas depois, a delinquência entre crianças e adolescentes não apenas vem crescendo muito mais que antes, mas adotou como seu quartel-general as escolas públicas, hoje transformadas em áreas de risco, a ponto de que, no começo do ano, a prefeitura de New York estava privatizando as suas por não ter meios de controlar a violência nelas. Em respostas, que faz a esquerda? Admite que errou? Não. Luta pela uniformização estatal do ensino em escala mundial.
·     5) No Brasil, a única maneira de diminuir a violência nas áreas rurais, proclamavam os esquerdistas, era dar terras e dinheiro ao MST. Pois bem, as terras foram doadas – foi a maior distribuição de toda a história humana, com muito dinheiro atrás. A violência não diminuiu. Ao contrário, aumentou muito. A esquerda confessa que errou? Não. Trata de organizar a violência e celebrá-la como a conquista de um novo patamar histórico na luta pelo socialismo.
·       Os exemplos poderiam multiplicar-se ad infinitum – e notem que propositadamente evitei mencionar os casos extremos, sucedidos no próprio âmbito dos países socialistas, como a coletivização da agricultura n URSS, o Grande Salto para a frente e a revolução Cultural na China, a revolução cubana etc., limitando-me a fatos sucedidos no mundo capitalista.
·     A promessa salvadora transfigurada em desastre e seguida da troca de discurso legitimador foi, em suma, o modus agendi essencial e constante da esquerda mundial ao longo de um século, e não se vê o menor sinal de que algum mentor esquerdista tenha problemas de consciência por isso. Ao contrário, todos continuam prometendo a solução dos males, ao mesmo tempo que já têm pronta, na gaveta, a futura legitimação dos males agravados. Prometem diminuir o consumo de drogas mediante a liberalização, controlar a corrupção mediante o ‘orçamento participativo’, reprimir a delinquência mediante o desarmamento civil ou ‘mediante direito alternativo’ leninista que criminaliza antes a posição social do acusado do que seu ato criminoso. Sabem perfeitamente aonde tudo isso leva – mas sabem também que ninguém os apoiaria se proclamasse em voz alta o que desejam.” (Sic.) – Sem grifos no original.
Enfim, alguém ainda duvida de que urge endireitar nossa Pátria Amada Brasil? É o que temos dito, repetido, reiterado e replicado em nosso modesto blog.
Abr
*JG
P.S.: Os excertos colacionados estão nas p. 228 a 230 da obra de Olavo de Carvalho: “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”.



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