sábado, 18 de março de 2017

OS VESTAIS ESTÃO DESNUDOS E SUJOS DEMAIS; OU NÃO?

Joilson Gouveia*

Dissemos em nosso breve comentário anterior, num simples questionamento, a saber: “O que dá o coqueiro senão cocos, enquanto frutos dele, ainda que suas palhas cubram e protejam alguns!?” – Um outro leitor, destacou sua indignada indagação, a saber: “Pergunta: Um pé de laranja pode dá abacaxi?” – ambas denotam meras dúvidas ou questionamentos simples sobre os “inusitados fatos” trazidos à baila por quem, certamente, ignora, olvida ou desconhece o recém-divulgado “fato”, abordado sobre alguém que detém mais de uma dúzia de imputações, denúncias, queixas, inquéritos, processos e citações noutros depoimentos contidos nas mais diversas declarações colacionadas noutras tantas declarações-premiadas ou de várias “gravações”, que corroboraram participações ou envolvimentos nos mais diversos desbragados, escabrosos, oprobriosos, inescrupulosos e até mesmo criminosos episódios narrados e divulgados pela mídia sobre os nossos impolutos, probos e vestalinos imaculados representantes parlamentares, inclusive já se foi dito que há 100%, no caso dos caetés! Ou não? Onde a surpresa ou alegada e aduzida indignação ou mesmo contemporizada e ponderada “injustiça”? Como alegado pelo nobre “Peninha”, a saber:
·         Não acho justo transferir sentença, mesmo que de pai para Filho.
·         Não se trata de desvinculá-los na atuação política.
·         Mas também não se pode dizer que o submundo das articulações políticas seja uma ação inerente, inevitavelmente, à atividade política.
·         Se o dinheiro que abasteceu, via PMDB (presidido por Renan pai), a campanha de Renan Filho é sujo, que isso seja analisado dentro dos limites da lei.
·         Apontar Filho, neste momento, como operador de um esquema criminoso, que vem sangrando os cofres da Nação há décadas – já disse em juízo Emílio Odebrecht -, seria injusto, assim me parece.
·         Mas é inevitável também que Renan pai contamine a imagem do Filho, que vem fazendo um governo bem avaliado, com pontos positivos, e num momento de profunda dificuldade para o setor público.
·         Ninguém pode se chamar Renan Calheiros Filho, no atual cenário político nacional, impunemente.
·         Mas, repito: não se deve transferir a pena moral e política de um para outro.
·         O histórico de Renan pai é longo e tortuoso, e com a ajuda do tal foro privilegiado ele nunca, nem ao menos, chegou a ser julgado pelo caso Mendes Júnior, de 2007.
·         O problema é que os fatos em que ele é citado – e não como um virtuoso do Congresso Nacional – acabam por respingar em Renan Filho.” (Sic.) – Sem grifos no original!
É cediço de que lá, no Congresso Nacional, “não há santos nem anjos”, ainda que nem todos sejam vestais tampouco estejam na mesma vala, sarjeta e lodaçal, há exceções sim, mas que não alcançam-no; é fato! Nem ao próprio nem aos demais senadores alagoanos tampouco todos ou quase todos nossos “parlamentares”, infelizmente! Ou não? – Numa única verdade, o “asceta de prístinas virtudes” assim vociferou sobre o Congresso Nacional: “lá há uns trezentos picaretas”; acertou na qualidade, errou na quantidade; ou não?
Data vênia, meu perlustrado literata caetés e tupiniquim, mas dinheiro não dá árvores, nem coqueiros ou em pés-de-laranjas tampouco há “jantar-de-graça”, mormente quando se trata desses vestais “políticos”; ou não?
Bem por isso, tíbias, pífias e frágeis essas aduzidas e expostas teorias discorridas pelo nobre, lúcido, culto, inteligente e coerente “Peninha”, a saber:
·         Exemplo: Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, diz que deu R$ 1 milhão a Renan pai para a abastecer a campanha de Filho, em 2014.
·         Em troca, Calheiros intercederia por ele no negócio bilionário de Angra 3. Ou seja: a se confirmar a delação de Pessoa, seria mais dinheiro sujo na campanha de governador.
·         Quem arranjou a grana?
·         Que page por isto, se confirmadas as denúncias, o negociador.
·         A esta altura, por óbvio, o governador já está pagando, em sua imagem, pelos laços de sangue e políticos.” (Sic.) – Sem grifo no original!
Enfim, não apenas respinga nem somente macula, mas, sobretudo, inquina-a, enodoa-a e desveste-a de toda eiva de ilegalidade absoluta tanto quanto no maior Estelionato Eleitoral/2014, que deu a vitória à coalizão vencedora, quando “fizeram o diabo para não perder as eleições”: ganharam; mas não venceram!
Abr
*JG

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