quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

ISONOMIA FERIDA ENSEJA ANOMIA ABJETA, ABSTRUSA E ABOMINÁVEL

Joilson Gouveia*

O nó Górdio, imbróglio e busílis ou “tendão de Aquiles”, de nossa res publica e/ou democracia tupiniquim, reside exata, óbvia, clara e justamente na especulada popularidade dada pelas pesquisas de seus rentáveis e lucrativos institutos em conluio com prestidigitadores marqueteiros que vendem uma imagem irreal, virtual e abstrata do político ou do candidato, para eleições ou pleitos eleitorais “democráticos”, nessas urnas eletrônicas, que sempre e sempre elegem e reelegem os mesmos de sempre quando não seus sucessores primogênitos, parentela e apaniguados.
A eleição temporária e sazonal passa uma pseuda credulidade de que há escolhas alternadas e opções alternativas de partidos de mais de cinquenta tons escarlates, são todos de esquerda, na verdade, “onde o voto não decide nada, mas quem conta-os decide tudo”, conforme dissera Stalin: assim tem sido e assim será!
O poder concedido ao povo (“todo poder emana do povo e em seu nome será exercido”) é o grande engodo ardiloso, mendaz, fugaz e falaz haja vista que é compelido a votar: “põe, mas não depõe”; independentemente da popularidade que detenha o político eleito, seja parlamentar ou executivo nas três esferas de Poder.
A popularidade mensura ou avalia e transparece a aceitação de celebridades ou astros e artistas que sempre vivem de representações de papéis que não se identificam ao seu caráteres e personalidade, na realidade! Bem por isso digo, repito e reitero: o povo não detém nenhum Poder de destituir à personalidade escolhida, eleita e posta por ele no respectivo cargo, por mais baixa que seja sua aceitação ou impopularidade e abominação, aversão ou execração.
Infelizmente, não há meios, modos e maneiras de cassar à outorgada procuração de seus mandatos concedidos pelo povo em eleições temporárias alternadas, considerando-se que foram mesmo eleitos, de fato, por tais urnas eletrônicas.
Notem bem: independentemente de crise econômica, os parlamentares federal e estadual e edis estão sempre a majorarem seus parcos, irrisórios e reduzidos ou diminutos salários ou subsídios, os quais se aposentam com a totalidade de suas remunerações sem trabalharem igualmente ao seu patrão: POVO; que terá que alçar ao patamar legal de idoso e mais um quinquênio para poder ter o direito de se aposentar, caso sobreviva; claro!
Enfim, se o povo tivesse mesmo “todo o Poder” não seria obrigado a escolhê-los e, o que é pior, mais cruel e nefasto, não seria impotente, incapaz e ineficaz para despojá-los, tirá-los e expurgá-los ou defenestrar a todos os ímprobos, indecorosos, inescrupulosos e os notadamente criminosos ou processados e condenados e até RÉUS, no exercício de seus cargos, como soe acontecido, mormente no tocante ao dito cujo impopularíssimo “rei-do-gado-dourado”, graças à perversa, odiosa e maléfica imunidade parlamentar acrescida de esdrúxula, anômala, ignominiosa, descabida e despropositada prerrogativa de foro por exercício de cargo ou função cuja a probidade deveria ser sua condição primeiríssima; ou não?
O Parlamento ou seu exercício não pode nem deve servir de valhacouto, cidadela, abrigo ou trincheira de inescrupulosos e notados e notáveis criminosos, tenho dito, repetido e reiterado!
Não basta que todos sejam iguais perante a lei, é imprescindível que esta seja igual para todos, sem distinções e indistintamente, sob pena de ferir de morte à ISONOMIA e recrudescer a ANOMIA, como soe acontecido. Ou não?
Abr
*JG

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