sábado, 22 de outubro de 2016

NOSSAS MÁQUINAS MORTÍFERAS VERSUS SALVADORES PARDAIS

Joilson Gouveia*

De novo o tema torna à tona e os “pardais” voltam a sobrevoar cabeças, mentes e pensamentos como sendo uma panaceia ao busílis do trânsito no mundo, nas américas, no Brasil e aqui nas plagas caetés de nossa querida Maceió, que sequer dispõe de uma eficiente, eficaz, habilitada, capacitada e qualificada CET – Central ou centro ou companhia de Engenharia de Tráfego e/ou trânsito – tal e qual à da pauliceia desvairada aqui citada.
Ora, a prevalecer tal e tais premissas e/ou princípios aqui abordados, citados e trazidas à baila algumas estatísticas* e veementemente defendidos como adequados, urbanos, civilizados e civilizatórios, é bem melhor, pois, que todos os veículos automotivos saiam de fábricas com sua velocidade máxima aferida dentro e muito aquém desses tais limites de velocidade seguros e cidadãos – assim como não é arma que mata e sim quem a usa, é-o com o automóvel e demais veículos automotivos!
Aliás, já dissemos, repetimos e reiteramos, o dificílimo nó de Górdio ou busílis e quizila ou imbróglio não está no “Pardal” ou na “redução” dessa ou daquela velocidade nessa ou noutra via, mas nos seus aleatórios, indiscriminados e idiossincráticos propósitos, fins, desideratos, metas e objetos ou objetivos de “proteção à vida humana”, os quais, no mais da vez, para sua implantação, que não cumprem aos seus pressupostos legais e científicos, como dito recentemente, a saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2016/02/os-pardais-sao-precisos-trafegar-nao-e.html
Ah! Mais diriam ou dirão: há as estatísticas aqui citadas, daí vale recordar o seguinte, a saber: Alguns usam a estatística como os bêbados usam postes: mais para apoio do que para iluminação.” ― Andrew Lang In http://kdfrases.com.
As mais de 45 mil mortes anuais no Trânsito - nem todas foram por causa de excesso de velocidade ou falta de pardais -, ou as mais de 56 mil mortes anuais, nesses últimos catorze anos, das vítimas de crimes violentos letais intencionais não foram produzidas só por armas de fogo, ou não?
Ademais, somem-se todas as taxas de mortalidade (mortes acidentais, naturais, por doenças fatais, letais e acidentais ou decorrentes de pandemias, endemias, epidemias e decorrentes doenças tropicais – aedes aegypti, chikungunya, zika, malária, dengue e etc. e tal) o Brasil já teria um déficit demográfico assustador, nesses últimos catorze anos; ou não?
Enfim, se é a vida que mais vale e tem mais valia que todos os veículos saiam de fábrica com motores potentes de até à velocidade mínima requerida ou exigida pelos imperiosos, imperativos e imprescindíveis “pardais”, que nada rendem aos cofres públicos dos municípios preocupadíssimos com a vida humana de seus munícipes ou cidadãos civilizados, né? Ah! E na mesma esteira: fechemos ou extingamos as fábricas de armas ou mudemos sua linha produtiva; ou não?
Fosse verossímil, de fato, na prática e realmente, a altruística preocupação com a VIDA do ser humano, por cuidadosos, zelosos, generosos, bondosos e samaritanos alcaides, teríamos todas as cidades, municípios, distritos e povoados altamente saneados (com o imprescindível saneamento básico mínimo adequado e com suas estações de tratamentos de redes de esgotos e galerias pluviais tratadas), hospitais e unidades e postos de Saúde suficientes, para pronto-atendimento de urgência e emergência, todas as ruas, vias, estradas e logradouros públicos devidamente sinalizadas, pavimentadas e sem os buracos ou crateras, iluminadas, limpas, urbanizadas e seguras e adequada infraestrutura com transportes-coletivos públicos gratuitos, saudáveis, salutares e seguros e uma mobilidade social e urbana no mínimo razoáveis ou aplicariam os recursos dimanados das multas e infrações de trânsito na Educação, Sinalização, conservação, manutenção e preservação e, sobretudo, na Segurança do Trânsito, como determina o CTB! Ou não?
Fora disso, é pura bravata, bazófias e ardil enganador ou arrecadador!
Temos dito!
Nem todos habilitados e portadores de CNH estão qualificados, capacitados e suficientemente preparados para conduzir suas máquinas mortíferas acima da velocidade média e em segurança, nas vias, estradas e rodovias, bem como nem todo aquele que tem uma arma de fogo sabe usá-la com a precisão devida e habilidade adequada à necessidade de sua defesa própria ou de terceiros; melhor nem tê-la! Assim é-o com os veículos automotores; ou não?
É lembrar que “dirigir é uma arte”, onde nem todos os “artistas” são capazes de fazê-lo, conheci mentes privilegiadas, homens cultos e poliglotas, médicos e professores que eram inabilitados, nem dirigiam e muitos temiam e tremiam em dirigir. Portanto, se todos tivessem habilidade, capacidade e qualidade técnica e conhecimento das regras de tráfego e de trânsito suficientes, eficientes e eficazes não precisaríamos dos precisos pardais, nem sempre precisos assim, desde a sua implantação à infração captada por eles!
Os quais, no mais da vez, sequer seguem suas imprescindíveis e precisas técnicas e estudos científicos e pressupostos ou requisitos legais, para sua implantação nas vias, ruas, estradas e rodovias, onde rentáveis empresas buscam “proteger as vidas humanas”, tal e qual o sistema de segurança de câmeras ou de vídeo-monitoramento, que não evita, nem impede nem prende o infrator, o delinquente, o criminoso, o meliante, o assaltante ou o marginal que sequestre ou pratique o latrocínio, ainda que registre, grave e filme o flagrante em vídeos e fotos, os quais são altamente rentáveis às empresas instaladoras. Ou não?
Abr
*JG

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