quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O MAIS GRAVE É A NOTÍCIA OU O NOTICIADO?

Joilson Gouveia*

Triste Brasil de brasileiros e de brasileiras, e de uma pequena parte da imprensa, que mais se incomodam com o noticiado que com a notícia ou com o que é noticiado, que não deveria ser tornado público ou sequer divulgado ou mais com o criminoso que com todos os seus crimes perpetrados!
No mais da vez, é o próprio proscênio da mídia ávida por furos que ofusca à sobriedade indefectível de servidores públicos, tal e qual ao narrador esportivo que esbaforido grita “golaço” num simples gol de seu time preferido, ainda que tenha sido impedido ou “de mão”!
A denúncia é quase nada ou mesmo ínfima diante do nefasto teor dos crimes denunciados de tão bem urdidos, adrede articulados e orquestrados e praticados em conluio por cúmplices geniais escarlates da nata e da pouco e nada sóbria alta-cúpula escarlate, e a isso se tenta minimizar ou se desdenha, menoscaba ou dar-se-ia pouca monta, mesmo diante dos milhões desviados do Erário - ao qual deveriam zelar, cuidar e preservar -, pelos ora denunciados propinodutos dessa desmascarada propinocracia dos cleptocratas escarlates et caterva, apaniguados, aparelhados, familiares e parentela, os quais saíram da linha da miséria e pobreza ou do mapa da fome, enquanto aos verdadeiros miseráveis carentes e necessitados deu-se o óbolo esmigalhado de diversos tipos de bolsas e de todos os gêneros, e aos tais CULT’s: o generoso óbolo Rouanet, via MinC.! Ou não?
Há sobriedade ou isenção de proscênio quando determinado repórter ou jornalista anuncia um furo de reportagem informando, por exemplo: “cidadão é preso como suspeito de tráfico por portar alguns quilos ou pacotes de drogas” – antes o ladrão era aquele flagrado com o produto do roubo nas mãos, hoje é um cidadão “suspeito”. Ou quando se noticia: “um suspeito teria sido eliminado por resistir a tiros a abordagem policial numa blitz”, por exemplo! Nenhum cidadão de bem trocaria (nem trocará) tiros com a polícia, mormente à fardada e de pronto identificada, muito menos ainda, irá transportar consigo tanta droga assim, ainda que usuário/dependente-químico: razão primeira, maior e a mais rentável do tráfico de drogas!
Uns preferem responsabilizar ou culpar ao delegado que descobriu o cadáver e o criminoso que o vitimou ou, como querem os petralhistas: que preferem culpar à câmera de vídeo ou aos grampos que flagraram fragorosamente as falas de seu “asceta de prístinas virtudes” em colóquios com seus comparsas!
É a típica lógica comunapetralhista! Ou não?
Abr

*JG

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