sábado, 27 de fevereiro de 2016

UMA NOVELA SEM EPÍLOGO

Joilson Gouveia*


O Produban – Banco do Estado de Alagoas e a APEAL, que eram patrimônios e orgulhos dos alagoanos e não somente de seus dedicados funcionários, assim com os Precatórios gerados pelos famigerados e odiosos PLANOS ECONÔMICOS dos vários “Governos Federal”, do “Verão ao Real”, passando pelas URP’s e URV’s, que surrupiaram ou “confiscaram” ou cortaram os zeros de nosso suado dinheirinho das contas correntes, ações preferenciais, investimentos e cadernetas de poupança dos servidores, sobretudo dos castrenses estaduais e demais funcionários da Administração direta, que esperam, amargam e sofrem (muitos já morreram) à espera de ver e de ter seus direitos auferidos (e devidamente corrigidos) parece um sonho ou pesadelo sem fim, pois que até hoje não viram a cor desses famigerados PRECATÓRIOS. Estes viraram indústrias nas mãos de inescrupulosos ou sabidos advogados e famigerados escritórios advocatícios!
Seria hilário senão fora oprobrioso, inescrupuloso e (até diria) criminoso, pois os servidores castrenses estaduais não receberem seus PRECATÓRIOS, que viraram moeda de troca por ÁGIOS e deságios nas mãos e escritórios de espertos advogados – muito colegas os receberam num esquema até hoje muito mal explicado ou nada claro e muito menos justo – mas, infelizmente, a imensa maioria dos parceiros castrenses (hoje quase todos inativos) sequer viu a cor de seu dinheirinho.
Inclusive (Pasmem! Os senhores todos) nenhum castrense com sobrenome deste insurreto, indignado, estupefato e contrariado ou deveras desconfiado se faz constar no rol dos mais de quatro mil e duzentos servidores castrenses de outrora, quando da impetração da demanda judicial, mesmo tendo sido o mentor, precursor, pioneiro e reproduzido, imprimido e expedido cópias das procurações a cada interessado, que era enviada à Caixa Beneficente ou diretamente ao escritório de advocacia de Marcos Bernardes Melo, que pugnou e venceu a lide derradeira, na última trincheira: STF.
O mais estranho e inexplicável de tudo isso, é que fatiaram o processo com vários advogados e escritórios, de modo que extraviaram algumas páginas das listas ou rol dos servidores castrense e de funcionários civis!
Ah! Nos idos de 2003, quando estavam digitalizando o rol de servidores castrenses ínsitos, inseridos e constantes no bojo do processo vitorioso, separando-os em civis e militares e ativos e inativos, cruzando as folhas de pagamento, tive oportunidade de ver e ler os nomes “desaparecidos” ou extraviados e vi nomes adidos que sequer haviam entrado no processo, por receio de perder suas boquinhas no extinto GMG – Gabinete Militar do Governador – e receberam os precatórios. É fato verídico! Ainda tenho o CD com cópias, mas não confere com os dos referidos escritórios advocatícios.
Doutra banda, a Associação de Oficiais Inativos, à época, também impetrou semelhante Ação Judicial, e, por conseguinte, saiu vencedora, mas meu velho, debilitado, alquebrado, octogenário e brioso pai sequer recebeu seus devidos direitos e até hoje não quitados! Coisas das Alagoas? Certamente, pois, creio que até hoje não me perdoaram pela arriscada, perigosa e hercúlea contenda travada enquanto Major, na década de noventa.
Enquanto há vida, “a esperança é a última que morre”, ainda!
Abr

*JG

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