sábado, 5 de dezembro de 2015

DEPOIS DA TEMPESTADE VEM SEMPRE A BONANÇA!



Joilson Gouveia*

A frase título acima é bastante conhecida, sabida, repetida e muito comum, trivial ou usual no seio popular, sempre que ocorre um episódio desastroso, um sinistro ou uma tragédia, no mais da vez quer significar uma forma de tentar incentivar, motivar e superar a fatalidade ou até mesmo como esperança ou seria mesmo natural conformismo com as tragédias, catástrofes e sinistros fatais, mortais e letais. Seria normal?
O aforismo popular acima, que deveria refletir outro adágio “VOX POPULI VOX DEI” – a voz do povo é a voz de deus -, no caso e para mim não se nos parece, se nos antolha ou transparece tanta sabedoria assim, nem seria muito razoável ou lógico e aplicável, não no Brasil, sobretudo nesses últimos quatro lustros, onde as tragédias, as catástrofes, os sinistros e ou “fatalidades”, que são sempre anunciadas ou previsíveis e, portanto, evitáveis haja vista que estão sempre ocorrendo e a ocorrer quase cotidiana, rotineira ou temporariamente tanto quanto as previstas e distintas quatro estações do ano!
Notem que, no nosso querido e amado Brasil, na nossa Pátria amada Brasil, as Inundações, as enchentes, os alagamentos, os desabamentos, os desmoronamentos, os desastres e os sinistros, os incêndios, as queimadas, os desmatamentos são constantes ou sazonais tanto ou quanto as quatro estações temporais e até as endemias, epidemias e os surtos de doenças outrora debeladas ressurgem como pragas do passado e dos séculos e milênios idos, que bem demonstram senão a pequenez dos homens enquanto humanos, mas, sobretudo, da ineficiência, indolência, incompetência, a omissão e a desídia daquilo que se poderia chamar de governos, nas três esferas político-administrativas.
Passados trinta dias da mais recente “fatalidade”, que quase varreu toda uma cidade, nenhuma bonança teve ou alcançou seus sobreviventes, que sobrevivem com óbolos dos “governos” e da fraterna solidariedade humana da população ou de toda sociedade brasileira.
Afinal, de que servem tantos ministérios, tantas secretarias e inúmeras agências ditas reguladoras se nada resolvem, nem reduzam, nem evitam, nem previnem, nem solucionam, nem minimizam as perdas, os danos e as dores desses sobreviventes?
E o pior: não asseguram, nem garantem, nem proporcionam ou protagonizam esperança e ou patrocinam a ORDEM, a SEGURANÇA e DEFESA PÚBLICAS devidas, queridas e esperadas, de concreto mesmo, só mesmo os decretos de emergência e de multas; até parecem ser ávidos ou são vorazes ao Erário e ao que dele se pode amealhar; ou não?
Eis, pois, o que dissemos antes, no nosso modesto Blog, a saber: http://gouveiacel.blogspot.com.br/2015/11/mariana-desnuda-farsa-e-desfacatez-de.html. Resta claro, portanto, que o aforismo título não se deve prestar nas plagas tupiniquins; por aqui “se tá ruim pode ficar ainda muito pior ou muito mais que ruim: péssimo!” ou aqueloutro adágio: “aqui é cada um por si e Deus por todos nós!” - “Um verdadeiro Deus, nos acuda!”.
Enfim, que “Deus, nos salve a todos!Aos governos nem tanto!
Abr
*JG
P.S.: Por aqui, os "governos" é que são desastrosos, catastróficos, tragédias, sinistros e tempestades perenes! Ou não?

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