domingo, 18 de agosto de 2013

UM MARCO REFERENCIAL OU “MONSTRUMENTO TURÍSTICO”?

Joilson Gouveia*
Como soe, o texto abaixo transcrito dimana de comentários postados em noticiários e em blogs caetés, no mais da vez, quase nunca editados naqueles, salvo no do sempre lúcido, competente, pertinente, procedente e contundente bloguista e literata do noticiário Ricardo Mota, a saber: 

I – primeiro postSome-se a isso, meu dileto literata do noticiário e sempre coerente, pertinente e inteligente Peninha, os imensuráveis gastos com o “Papódromo”, com o “Monumento ao MILÊNIO” e com alguns memoriais IMORAIS, sem contar que o nosso CAGÓDROMO - o tal de emissário submarino, que seria a SOLUÇÃO DE NOSSO SANEAMENTO BÁSICO INEXISTENTE -, construído ou implantado pela METADE ou apenas um terço dele, mas cobrado igual ou tal qual ou "talqualmente" as enésimas de centenas de milhares de ruas NÃO pavimentadas e sem contar as “pavimentadas”, mas repletas de buracos, crateras e fendas e, também, SEM NENHUMA ou de precárias ou MAL sinalizadas... 

Sem contar que não há ciclovias e outras vias que desafoguem o caótico tráfego lento e quase parando e, muitas vezes outras, totalmente parado. 

Cadê o VLT do "Cilço" ou era (e, ainda, o É) do "Biu"? 

Maceió - e urge o quanto antes e para ontem - precisa de uma via de escape, de mobilidade ou de alternativa ou de fluxo e refluxo de veículos ou um ANEL VIÁRIO, que poderia circundar ou beirar as nossas orlas lagunar - que teria um excelente atrativo turístico, também, e bem melhor que transformar o de cujus e zumbi do extinto Alagoinhas num ícone à ignorância e ao desperdício do Erário já aviltado e espoliado por tantos outros - sem falar que o SPU poderá mandar derrubar como o fez com o finado e saudoso ALAGOINHAS, por ser terreno de marinha. Ou não? 

II – Segundo postContinuando no tema pela sã dialética democrática. 
Tivesse nossa querida Maceió - outrora paraíso das águas, hoje das balas e das drogas – um saneamento básico ou mínimo de 50%, que evitasse as chamadas “línguas negras” das galerias pluviais desde Jacarecica até ao Pontal da Barra (uma solução de engenharia e arquitetura dos séculos XIX e XX) inadmissíveis no atual momento e conjuntura, que deveria ter toda a sua rede de esgotos e esgotamentos sanitários ligados ao nosso CAGÓDROMO – o emissário feito pela metade, mas com o triplo do seu valor original - e passagem pelas estações de decantação ou tratamentos ou de despoluição de dejetos, ainda inexistentes nos padrões internacionais de saúde pública e ecossistemas e como os exigem os conceitos ecológicos e de urbanismos, bem que se poderia investir nisso, o que deixaria nosso maior atrativo turístico ainda mais encantador: nossas belas praias e litoral de águas tépidas e azul-piscina despoluídos e de balneabilidades saudáveis. Isso somente em Maceió, porque as demais cidades litorâneas estão carentes de tratamentos iguais de Maragogi ao Pontal do Peba e Piaçabuçu, na foz do Velho Chico e de todas as cidades por ele banhadas. 

A rede de esgotamento sanitário despoluiria nossas duas grandes lagoas Manguaba e Mundaú e, naturalmente, minimizaria o assoreamento que dessaliniza ou pouco saliniza suas águas, que sofrem com os dejetos das usinas de cana-de-açúcar, que despejam toneladas de vinhoto e agrotóxicos nos arroios, córregos, riachos e rios que deságuam nessas sofridas, saturadas e assoreadas lagoas, que tinham águas tépidas, límpidas e cristalinas em tons verde-marinhos e farta, generosa e variada abundância de peixes: parús, pirambús, arraias ou raias, cação, pilombetas, garaçumas, cabararís, pirarobas, xaréis, cara-pebas, tainhas, saunas, azeredas, listras-de-seda, cara-picus chatos e elegantes, cara-pitingas, tingas, cabeçudos, enguias, salemas, soias, curimãs, camurins-açu e apoás, mandis, bagres e guriaçus dentre outros pescados, crustáceos e mariscos, do marisco maçunim (massunim), unha-de-velho, taioba, lambreta ao sururu-de-capote. 

Hoje, somente jetskys "voam" em suas águas nada puras e, menos ainda, límpidas! 

III- Terceiro post: Há OBRAS e obras. Ora bolas! Há umas para inglês ver; outras para ver inglês!
Imagine-se: obra feita pela bagatela de somente 10 MILHÕES do nosso combalido, aviltado e espoliado Erário, majestosamente imponente e que deixará a alguns quase todos contentes! Para-se! Olha-se! E contempla-se!

No entanto, ao tentar respirar, aspirar-se ao suave ar marinho e sentir o sopro da sua brisa marinha, o que sentirá o admirador? O fétido insuportável fedor de maresia de algas-marinhas mortas pelos efluentes fluviais de suas galerias, que poluem e sujam e enlameiam e enfeiam às brancas areias de nossas belas, cálidas e paradisíacas praias de águas tépidas, hialinas e de tons azul-piscina: estes são os verdadeiros atrativos turísticos da terra dos marechais! Suas praias quase naturais – a despeito de tantas privatizadas ou particulares ou mesmo pessoais e de alguns barões das terras dos marechais; seja nas duas barras norte e sul, ou seja, ao longo de nosso imenso litoral… 

Governar, gestar, administrar é, no mínimo, priorizar premissas benéficas ao povo como um todo e decidir pelo melhor de todos e em geral para o bem-estar de todos e não somente de uns inconfessáveis interesses particulares ou de poucos aquinhoados com tal megalômano projeto concorrente com os demais outros monumentos (ou ‘monstrumentos’ nacionais, como os citados pelo autor e os outros daqui: ‘cagódromo’; ‘papódromo’, “monumento ao milênio”, ‘Palácio de Cristal’, ‘viaduto do aeroporto’ enquanto a ‘rótula da PRF’ fica congestionada; para que serviu o imponente HOSPITAL GERAL ao lado do Zé Tenório – para a Justiça Federal, é justo? Sem falar em outros imorais memoriais e duplicações impensadas ou mal planejadas como as GRANDES vias Chalita e Canuto e outros ‘viadutos’ e etc.). 

Será que vale mesmo 10 MILHÕES DE REAIS? Não seria bem melhor concluir o saneamento básico de nossa Maceió? Os arroios, riachos e rios de Jacarecica, Guaxuma, Riacho Doce e outros tantos assoreados estão virando novos Salgadinhos por faltar saneamento básico e uma rede de esgotamento e tratamento sanitários. Ou não? 

Maceió, que já fora o Paraíso das Águas; hoje das balas e das drogas, não merece mais um “monstrumento”, no momento, não! Fica meu protesto e meu lamento, pois sei que concluirão o seu intento, que vale mais que outros “quinhentos”! Querem apostar? 

Lembram-se o quanto gastaram CERCANDO nossas praças, parques e logradouros públicos? 

PS.1: Ah! Já que estamos numa democracia participativa, que tal uma enquete ou um plebiscito para que o POVO decida sobre o tal ‘empreendimento’? Uma enquete por esse respeitável TNH1? Ou seu respeitável Blog? Ou mesmo no sítio da Prefeitura de Maceió – e olhe que os excluídos digitais que é uma imensa maioria nem poderia votar, mas… 
PS.2: Imagine-se: estupefato, encantado ou boquiaberto de admirado, com o monumento majestoso, sem poder parar um momento, para registrar ou mesmo se refrescar nas suas águas devido ao fétido olor e pisar em suas areias sujas e empretecidas pelas línguas negras de inexistente saneamento ou esgotamento ou tratamento sanitários – lembro-me do ditado popular: por cima é só filó, mas por baixo molambo só! 

Ou como fora dito, sabiamente: ‘Ferrari na porta do barraco!’ 

IV – Quarto post“Monstrumento II” – o retorno! 
O tal de TRADER TURISTICO deve ser muito ingênuo ou muito generoso ou quem sabe mui expert, para INVESTIR, MANUTENIR e PRESERVAR a manutenção de um ponto, um terminal ou o quer que seja lá ou que se diga sobre o MONSTRUMENTO – que, certamente, será mesmo CONSTRUÍDO, pois assim decidido pelos mesmos senhores feudais, suseranos e de engenho e de sempre desta província haja vista ser o POVO, apenas mero detalhe - os quais são os mesmos de vintenos ou mais de três ou quatro lustros que quase “morrem-de-preocupados” em SANAR a todos os problemas que afligem aos maceioenses e alagoanos – e será ERGUIDO no mesmo lugar em que fora DETERMINADO pela Justiça Federal DEMOLIR o “finado alagoinhas”, por ser terreno-de-marinha e estar assoreando e, por conseguinte, impedindo o curso natural de fluxo e refluxo das marés, o que tem sido, além das poluições causadas pelas galerias de dejetos pluviais e de esgotos de casas e de hotéis, a maior causa da mortandade de sua flora (vegetação, sargaços e algas marinhas) noturna, vespertina e diuturnamente agredidos por poluição sonora, fotoelétrica e líquida, daí a fedentina constante em face de tantas algas e sargaços mortos. 

O assoreamento - lembrem-se - fez (e ainda o faz) o mar invadir outros espaços da orla ao ponto de destruir parte do passeio público e ciclovia e barracas próximas e, também, em terrenos-de-marinha. 

Lembro ao vetusto senador que os internautas escolheram Maceió como a orla mais linda devido ao seu relevo e enseadas naturais de seu litoral, que é agredido por centenas de línguas-negras! 

Olhem quantos milhões se asseguram antes de eleições!(?) 

Há mais de dois anos que está aprovado, tal qual o VLT! (?) 

O maior investimento em INFRAESTRUTURA não seria numa rede de saneamento básico, para evitar que nossas praias sejam interditadas por faltarem balneabilidade devido aos coliformes fecais abundantes e decorrentes das “línguas-negras”? 

Já mataram o Salgadinho; e somente na grande-Maceió norte: Jacarecica agoniza; os demais arroios, riachos e rios da Prata estão sendo poluídos e os demais de Garça-torta, Guaxuma, caceteiro, Riacho-Doce, Sauaçuhy, Floriano Peixoto, de Pescaria, Saúde, o “pereca” e etc. quase todos agredidos, poluídos e semimortos, sem falar nas nossas maiores lagoas, meu senhor! Ao sul, o Niquim míngua diante da especulação imobiliária; breve o “Gunga” e suas lagoas circunvizinhas até Jequié-da-praia e Lagoa-do-pau! 

V- Quinto post: Monstrumento III – a vingança! 
Será mesmo que o turista vai ao Rio de Janeiro só para ver ao “Redentor, de braços abertos" ou para ver as "garotas de Ipanema" em Ipanema, e sentir e mergulhar nas suas águas e nas de Copacabana, a princesinha do mar, do Leblon, do Leme, da Barra da Tijuca, de Botafogo, do Aterro da Gávea, do Arpoador e etc.? Aliás, de quase todos esses "points" se consegue ver ao "Cristo Redentor" devido ao formato de seu golfo e litoral. O turista vai pelas praias, deixemos de hipocrisias ou demagogias ou fantasias! 

O RJ está investindo em despoluição e estações de tratamentos de seus efluentes fluviais e esgotamentos sanitários para MANTER límpidas suas águas e suas areias praianas brancas e, sobretudo, em GUARDAS-VIDAS ou SALVA-VIDAS em todas as suas praias, para que o TURISTA não se afogue e morra nas suas águas como ocorre e soe morrer afogado por aqui, notadamente na Praia dos Franceses, sem falar noutras mais. 

Alagoas, Maceió, Marechal Deodoro e todos os demais municípios praianos ou litorâneos deveriam investir nisso e não simplesmente ALERTAR: praia perigosa – risco de afogamento – praia imprópria para banho – praia poluída ou praia interditada e etc. Placas, avisos e câmeras de vídeo-monitoramento NÃO EVITAM NEM SALVAM NEM PROTEGEM a ninguém! 

Essa é a verdade, “seu Biu”! 

O que nos falta, além de GUARDAS-VIDAS ou SALVA-VIDAS, são os efetivos policiais para o devido patrulhamento e policiamento ostensivo preventivo eficiente e eficaz, para uma diuturna e efetiva, eficiente e eficaz SEGURANÇA pública e não somente de e para TURISTAS, sobretudo, e principalmente, de seus nativos caetés, que garanta e assegure e patrocine o sacrossanto, inalienável e impostergável DIREITO DE IR-ESTAR-E-VIR AO CIDADÃO sem ser incomodado, molestado ou agredido ou assaltado e/ou morto; seja turista ou não! 

Esta é a questão! Ou não? 

Abr 
*JG

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