terça-feira, 7 de junho de 2011

COMANDAR É PRECISO; COMANDANTE NÃO É PRECISO!

Joilson Gouveia*
À semelhança do que fora dito por Fernando Pessoa: “Navegar é preciso, viver não é preciso.” Há precisão ao se navegar, conquanto imprescindível seguir aos princípios, normas e regras de navegação precisa, sob pena de naufrágio, se lhes seguindo, ou seja, cumprindo-as à risca não há risco de naufrágio.
Já, no viver de cada um, que não é preciso, nem sempre há precisas regras ainda que se viva, ou se sobreviva sem essas precisas regras, normas e princípios. Cada vida segue seu rumo sem precisar! Navega a vida como o bem quer.
Entrementes, comandar não é diverso de navegar.
A arte de comandar é precisa – “mandar com os demais”, comandar é preciso – assim também muito mais precisa é a Ação de Comandar porquanto imprescindível seguir aos imprescritíveis, inolvidáveis e inalienáveis princípios de chefia, liderança, direção, comando, gerência ou gestão, mormente de conhecimento (entender de gente – saber ouvir, ouvir mais que falar, e não só ao seu Staff, mas à toda tropa) para o saber e saber de seus comandados ou de sua tropa e de seus deveres.
Esta (a tropa), sem comando, não passa de amontoado de gentes sem rumo, ou um bando armado à deriva, impreciso, perdido, vulnerável e acéfalo. Logo, comandante não é preciso! E não é preciso por precisar conhecer e jamais olvidar aos referidos princípios, para isso, urge viver ou conviver com seus comandados, tanto o atual distou dela afastado por mais que três lustros, e seu ex-subcomandante idem.
Nem sempre se é líder, posto ser inata e quase nunca adquirida, a liderança. Mas a chefia e a direção não abstraem de conhecimento, saber, experiência e convivência. Conhecer aos princípios, normas, regras e à legislação castrense e aos regulamentos da briosa e suas Normas Gerais de Ação, aos procedimentos e aos Atos da Administração sempre fundados nos liames legais, na estrita legalidade legítima, transparência e publicidade, além da mais justa imparcialidade impessoal.
Mas, na briosa é díspar, para uns urgia ser lidada por um escolhido noviço, apedeuta, ignaro e inexperiente na arte de comandar (mandar com os demais) e sem interstícios suficientes em diversos cargos de comandos de tropa, necessários aos de comando do alto escalão e de briosos e destemidos policiais. A pressa é a inimiga da perfeição; sábio dito popular!
Neófitos não sabem mais que mestres ciosos, maduros e vividos. Nada contra aos novatos, que sucederão aos antigos, sempre. Mas, no devido tempo e lugar, sem açodada ascensão, intempestiva escolha ou brusca metamorfose, dês que esmerem aprender e apreender saberes necessários ao labor – Roma não se fez num dia!
Eis, enfim, as razões de muitas de suas ordens serem descumpridas, olvidadas e desrespeitadas pelos seus “comandados”! A açodada escolha de ascensão, por ESCOLHA, não foi uma boa escolha em face do compadrio dela.
Maceió, dezembro de 2009.
*JG








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