quarta-feira, 1 de setembro de 2021

O VOTO “VIROU” DROGA: VENDER SERÁ CRIME; MAS COMPRAR, NÃO!

Joilson Gouveia*

Vejam só isso: https://eassim.com.br/eleitor-que-vender-voto-vai-responder-processo-por-corrupcao-eleitoral/ - Tal qual as drogas: “vender o voto é crime” (ou será?); mas comprar, não! Ora, assim como as drogas, comprar é necessidade - daí os coitadinhos dependentes químicos e viciados sequer serem punidos. “São carentes, precisados, necessitados, dementes, débeis e debilitados” etc. -; comprar não é crime (no caso das drogas, mensurado em grama, mormente se para uso e consumo) enquanto o voto comprado/vendido será mensurado em grana, e “usufruído e/ou consumido”, a cada pleito eleitoral!

Logo, quem compra as drogas (e, agora, também os votos) é incólume, impune ou inimputável! O “voto é uma droga”, mas o eleitor não é “seu consumidor” nem necessita nem depende dele – viciado é o candidato/comprador!

Ora, quem vende droga é traficante, e quem vende o voto é o quê? CorruPTor! Mas quem o compra (“o corrompido” ou “viciado”) é inocente, incólume, inimputável nem comete crime algum?! O corruPTor corrompe ofertando, mas o corruPTo é o vendedor da droga (o voto), quem o compra, não! “Pode isso, Arnaldo”!?

O voto é incorpóreo, abstrato, subjetivo, invisível, individual, pessoal, privado, confidencial, sigiloso e secreto – inclusive, há muitos que não o querem impresso, palpável e concreto ou comprovadamente aferível e auditável: agora “operará no mercado digital eletrônico”, será uma “moeda virtual”; das “invioláveis ou seguras urnas-digitais eletrônicas”!

O negócio jurídicocompra-e-venda” é sinalagmático, mútuo, recíproco e bilateral ou requer, no mínimo, duas ou mais pessoas interessadas ou agentes ativo e passivo, e não pode punir o vendedor sem punir o comprador; ou não? Pode até haver “venda sem compra”, mas esta inexiste sem aquela: não há “compra sem venda”; mormente sem o objeto ou coisa a ser “vendida e/ou comprada”!

Isto posto e posto isto, se mudarem ou se passar esse “novo código eleitoral”, o voto [objeto de desejo imprescindível de ávidos pela vitória eleitoral e/ou sedentos pelo poder: o consumidor e/ou detentor do capital para compra, logo “rei do mercado”; que ofertará, tentará e seduzirá o eventual, possível e potencial “vendedor” (da coisa imaterial) ignaro, subliterato, sei ou analfabeto funcional e político, sobretudo incauto, carente, dependente, desempregado, desvalido e/ou paupérrimo, pobre e miserável (que é alçado ao patamar de cidadão democrático ou civilizado sufragista) enquanto parte essencial à tríade de dominação de que tanto tratamos aqui em nosso blog: enquanto eleitor do pleito eleitoral das bianuais eleições – daí urge que haja tal encenação, para parecer que vivemos numa concreta, autêntica, séria e verdadeira democracia, a ver:https://gouveiacel.blogspot.com/2021/01/a-utopia-da-democracia-ou-democracia-da.html] sem nenhuma valia se o comprador é ou não ficha-limpa, basta pertencer ou ser de um dos inumeráveis ou incontáveis partidos!

ESTADO DE DIREITO: DEMOCRACIA, ELEIÇÕES E PARTIDOS (de representantes deLLes mesmos; do povo jamais! Temos sido e somos seus servos, serviçais e vassalos para pô-los sem depô-los, e, agora, seremos os corruPTos): não é inteligente ou prudente nem seguro jogar limpo – “dentro das quatro linhas - com quem só joga sujo, e só sabe dar golpes baixos e abaixo da linha-de-cintura; é muito mais que bobeira, é asneira; é ingenuidade pueril, mormente quando dispõem de uma “imprensa canalha”[Millôr] em favor deLLes, como sói acontecido desde o assestado por Joseph Pulitzer: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma”!

É, pois, chegada a hora de decidir: JÁ IR ou já era! Temos dito, repetido, reiterado e replicado haja vista que inexiste democracia sem imprensa livre, mormente sem alternância e mudança sazonais, periódicas, variadas, repetidas e seguidas sucessivas sucessões de (e no) Poder, sob pena de uns “condenados” – presos no passado e no presente; malgrado soltos, mas nem inocentados, nem absolvidos nem livres - se arvorarem de dizer que “tomaremos o poder, o que é diferente de eleições” para retornar ao Poder [José Dirceu] ou PASMEM: “eleição não se ganha, se toma” (Sic.) – cínico acinte!; e a imprensa atônita, absorta, inerte, inane, inerme, silente, calada, muda, ausente, alheia, mouca e quieta: “a ameaça é o MITO”? Ora, ora, ora, tenham paciência e durmam com o alarido desses! Bem por isso, "O momento exige que os homens de bem tenham a audácia dos canalhas". - Benjamin Disraeli.

A propósito, leiam ao “programa de governo Lula-Haddad-Lula”, para depois não dizerem que não sabiam; quando não haverá mais senão choros, ranger-de-dentes, lágrimas, lamentos, lamúrias e arrependimentos! Aliás, muitos até anelam um presidiário/réu/condenado e inelegível, na presidência, em detrimento de um ficha-limpa, probo e honrado; o que reflete no imaginário de um povo ignaro, rude, bronco e subliterato: o crime compensa ou estudar para quê? Ou: trabalhar, nunca! Roubar é muito mais lucrativo! 

Enfim, atribui-se a Voltaire: “A civilização não suprime a barbárie; aperfeiçoa-a”, e o que não dizer de nós, enquanto nação, que nem educados somos quanto mais civilizados? Toda paixão derroga a razão e as ideologias também, quando não os cegam não só a visão! - Na íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com/2018/09/a-vida-humana-nao-tem-nenhuma-valia.html. Bem por isso, é mais que dever de cidadania desdenhar, desprezar, desobedecer, espezinhar e descumprir às ordens manifestamente ilegais; é uma questão de dignidade, caráter e honra senão de imperiosa sobrevivência: onde os nossos legais e legítimos paladinos fiscais da lei e Membros do Parquet, defensorias, procuradorias e advocacias gerais da União, Estados e Municípios? 

Alerto-os: uma boiada estourada não há berrante nem vaqueiros que a apascente, controle e domine!

Ab

*JG



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