quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

TEMPOS FINDOS DE SAUDÁVEIS E SAUDOSAS LEMBRANÇAS

Joilson Gouveia*

Indagas: “Que tempos são esses”? -, mas confessas sabê-lo que não são os áureos, seguros, profícuos, alegres, saudosos e bons tempos em que éramos felizes, a despeito de sempre enxovalharem a esses tempos como “anos de chumbos, sombrios ou ditadura”. Ledo equívoco!
Eis, pois, a admissão, reconhecimento e saudosa confirmação, a saber:
Eu sei, eu sei, eu sei: os leitores haverão de, com justiça, me acusar mais uma vez de saudosista, apegado ao passado, avesso ao porvir: não serei capaz de me defender, e a hermenêutica não se aplica ao meu caso quase patológico. Mais ainda, confesso: não encontro no que vejo e no que ouço nesta seara nenhuma razão para ter saudades do futuro”. Na íntegra in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2018/02/11/que-tiro-foi-esse/
Entrementes, esses tempos são, simplesmente, os que nos foram legados por mais de 32 anos de desastrosos desgovernos escarlates, sobretudo de uma “pátria educadora” à mercê de uma afiadíssima tesoura, que todos esses seus citados ídolos ajudaram a forjar; ou não?
É, pois, com efeito, mais que chegada a hora de livrar nossa nação desses tempos presentes e sem futuros, basta a mais mínima reflexão ou avaliação, para buscar uma cívica coragem intelectual, ética, moral e patriótica de um Ferreira Gullar, Cassia Kiss, Carlos Vereza, Antonio Fagundes, Ariano Suassuna dentre tantos que se renderam em autocríticas e “mea culpa máxime culpa”, a saber:
(...) tal e qual fizera Ferreira Gullar e tantos outros que despertaram desse sonho ilusório, se “endireitaram” ou “deram uma guinada à direita”! Senão vejamos, a saber:
O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de uma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. [...]
·O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas. É um criador, um indivíduo que faz coisas novas. A visão de que só uma lado produz riqueza e o outro só explora é radical, sectária, primária. A partir dessa miopia, tudo o mais deu errado para o campo socialista. [...]
Eu, de direita? Era só o que faltava. A questão é muito clara. Quando ser de esquerda dava cadeia, ninguém era. Agora dá prêmio, todo mundo éPensar isso a meu respeito não é honestoPorque o que estou dizendo é que o socialismo acabou, estabeleceu ditaduras, não criou democracia em lugar algum e matou gente em quantidade. Isso tudo é verdade. Não estou inventando. [...]
·Não posso defender um regime [o cubano] sob o qual eu não gostaria de viverNão posso admirar um país do qual eu não possa sair a hora que eu quiserNão dá para defender um regime em que não se possa publicar um livro sem pedir permissão ao governo. Apesar disso, há uma porção de intelectuais brasileiros que defendem Cuba, mas, obviamente, não querem viver lá de jeito nenhumÉ difícil para as pessoas reconhecerem que estavam erradas, que passaram a vida toda pregando uma coisa que nunca deu certo.” (Sic.) Loco citato, Rodrigo Constantino, in “Esquerda Caviar”, p 420. – Na íntegra in http://gouveiacel.blogspot.com.br/2017/03/uma-heloisa-sempre-helena-muda-pequena.html
Urge, pois, que os “agentes-de-transformação-social” tenham semelhantes, similares, símiles e idênticas posturas, atitudes e coragens iguais, para endireitar de uma vez e para sempre nossa “querida Pátria amada, Brasil”!
Enfim, sem o devido exame de consciência autocrítico não haverá “saudades” desse presente nem do “futuro”!
Abr
*JG
P.S.: Postado in http://blog.tnh1.com.br/ricardomota/2018/02/11/que-tiro-foi-esse/ 

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