terça-feira, 19 de setembro de 2017

PARA ALÉM DA DEMOCRACIA HÁ MAIS CENSURAS NA DEMOCRACIA OU NA DITADURA-MILITAR (1964/1985)?

Joilson Gouveia*

Por que os “amantes da humanidade e salvadores do mundo” (os cultos e sábios: socialistas/comunistas/marxistas/leninistas/ trotskistas/gramscistas) falam tanto em democracia?Leiam abaixo aos excertos transcritos, a saber:
·    O Brasil passou em sua história recente por um período de ditadura, que se encerrou com as eleições diretas para presidente da república em 1989, com a “consolidação da democracia”, fato este que é quase unanimemente considerado como um marco na história do país em direção ao progresso e a mais liberdade. Mas além de, a cada dois anos, sermos importunados por campanhas políticas nas ruas e nos meios de comunicação e sermos obrigados a ir votar, o que efetivamente melhorou? Nada. Mas e a censura? Afinal, este é o ponto negativo da época da ditadura militar mais lembrado. Censura é algo intolerável e jamais deve ser admitida, mas a substituição da ditadura pela democracia não veio acompanhada pelo fim da censura — e não existe nenhuma razão para que tivesse sido diferente. Podemos até dizer que a censura aumentou com a democracia, pois no período da ditadura ela estava confinada à repressão da expressão de ideias políticas, e agora na democracia ela se generalizou.
·       Para citar alguns exemplos atuais de censura, o cantor humorista Tiririca está com uma de suas músicas censuradas, o livro Minha Luta, de Hitler, não pode ser vendido no Brasil pelo menos até 2015, o jogo Counter Strike foi proibido, e o jornal O Estado de São Paulo está censurado há mais de dois anos, proibido de divulgar informações sobre uma investigação envolvendo a família Sarney. Esta é apenas uma fração de tudo que o governo violentamente censura hoje: nestes tempos de internet, que torna a vida do estado mais difícil — com exceção do exemplo do Estadão, a música, o livro e o jogo, que estão com a comercialização proibidas, podem ser baixados on-line em questão de minutos — mas não impossível, e o estado já está trabalhando duro para que o alcance de suas armas chegue também ao ambiente virtual. E ironicamente para os que consideram que democracia é sinônimo de liberdade de expressão, a maior ocorrência de censura é justamente por causa das eleições. O Brasil é o país com maior número de pedidos de remoção no Google — o dobro do segundo da lista, que foi a Líbia — e, somente nos dias finais da corrida eleitoral brasileira, os juízes do país emitiram 21 ordens de censura. Nas eleições de 2012, a censura no Brasil levou inclusive à prisão do CEO do Google, fato que jamais ocorrera em nenhuma outra parte do mundo.
·      A ditadura militar no Brasil foi um período terrível sob os mais variados aspectos. Um governo nacional socialista se instaurou, inúmeras políticas de redistribuição de riqueza foram estabelecidas e a intervenção do governo foi massiva. Porém, todos esses aspectos — além da censura — se multiplicaram com a democracia, e a explicação deste fenômeno também é dada em Além da Democracia. Um dos aspectos mais perversos da democracia é o de que os abusos do governo contra os direitos individuais são mais facilmente aceitos pela população, devido à ilusão de que numa democracia é o povo quem governa. Beckman e Karsten iniciam a detonação de mais este mito da seguinte forma:
Ø  O primeiro problema é que ‘o povo’ não existe. Há milhões de pessoas apenas, com milhões de opiniões e interesses. Como podem elas governar juntas? Isso é impossível. Como um comediante holandês disse uma vez: “A democracia é a vontade do povo. Toda manhã eu fico surpreso ao ler no jornal o que é que eu desejo”. (p. 25)
·       Se fosse um rei ou um ditador a impor, por exemplo, um imposto de quase 50% sobre as riquezas produzidas e ordenando o que seus súditos podem ou não consumir, a população não aceitaria sem no mínimo fazer sérias objeções. A Coroa portuguesa cobrava 1/5 de impostos dos habitantes da colônia brasileira — conhecido como “quinto dos infernos”—, e isso gerou revoltas como a Inconfidência Mineira, que culminou no enforcamento de Tiradentes. Hoje o governo cobra mais do que o dobro de impostos — “dois quintos dos infernos” — e ainda regula todo tipo de atividade individual, tudo aceito passivamente por uma população que acredita estar no comando. Trocar um tirano em Lisboa escolhido por nascimento por um tirano em Brasília escolhido por voto não muda essencialmente nada, a não ser a tolerância dos súditos quanto a exploração e agressões aos direitos individuais cometidas pelos seus governos — ela aumenta exponencialmente. É por isso que as democracias modernas são verdadeiras máquinas de redistribuição de riquezas e de extermínio das liberdades individuais.
·       E um detalhe do livro que ganha relevância graças à deturpada mentalidade submissa brasileira é a nacionalidade dos autores. O fato de os autores serem holandeses pode imunizar os leitores da tentação de dizer que a democracia é imperfeita no Brasil, mas “na Europa funciona” — argumento vazio tão comum de se ouvir por estas bandas. Tanto cá quanto acolá, existe a crença de que o sistema funciona, e que basta votar certo. “Não elegemos bons governantes nas primeiras duzentas tentativas, mas na próxima eleição consertaremos tudo isso”. Porém, os políticos eleitos parecem ser cada vez piores, e o governo cada vez mais catastrófico. Beckman e Karsten nos mostram onde está a verdadeira fonte de nossos problemas. Todos que prezam a liberdade e a prosperidade devem rechaçar o sistema democrático em todas as oportunidades que tiverem, e esta obra nos fornece as ferramentas para tal. In http://rothbardbrasil.com/alem-da-democracia-3/
Aliás, sobre os tais “quintos dos infernos” e “reformas e mais reformas”, insto aos leitores acessarem aqui, a saber:
Enfim, em nossas plagas, como sói acontecido, além errarmos mais de duzentas vezes, ainda anelam reeleger declarados “fichas-sujas”, condenados e réus de vasta folha-corrida criminal e processual pelos mesmos idiotas de que trata Nelson Rodrigues: A maior desgraça da democracia, é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade”.
Abr

*JG

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