quinta-feira, 6 de abril de 2017

A QUERELA UBER VERSUS TAXISTAS

Joilson Gouveia*

O automóvel, enquanto meio-de-transporte ou mobilidade urbana e rural, teve no chofer-de-praça (ou antigo chauffeur) que dispunha de seu próprio veículo particular a serviço do sujeito, indivíduo, pessoa ou cidadão, que necessitava se locomover aos locais por onde não passavam as lotações [como eram chamadas os bondes e ônibus ou coletivos (conduções), que jamais foram transportes-públicos, pois que sempre havia um particular detentor da frota – até criaram uma empresa-de-transportes-públicos-urbanos, a ETURB/Maceió, num passado recente, que foi vilipendiada, espoliada, sucateada e faliu por ter virado cabide-de-empregos de apaniguados, arraigados, incrustados e, no mais da vez, sindicalizados – assim como ocorre com Os Correios, em vias de falência (onde os escarlates abundam a tudo destroem: a Petrobrás, que deixou de ser “uma caixa-preta para ser transparente, mas nem tão transparente assim”), a CEF, o BB, o BNDES, os fundos de pensões e etc., que nos digam!]
O autônomo, pessoal, privado e particular chofer passou a ser o profissional-do-volante denominado taxista, numa consentida, permitida e lucrativa terceirização-sindicalizada, regulamentada e doada por prefeituras, e a serviço de empresários que receberam generosas concessões do poder-público. Ou seja, a outorga-permissionária (de caráter intuito-personae) intransferível de exploração de um serviço público prestado pelo particular, ascendeu ao espectro coletivo-empresarial-privado, mas sempre com alcaides e edis ávidos ou titulares dessas concessões (ou galinhas-de-ovos-de-ouro), para os apaniguados, onde as leis de mercado da livre-oferta-e-procura sucumbiram aos interesses comezinhos de sindicalizados e políticos locais.
O taxista, profissionalizado e sindicalizado, passou a receber alguns benefícios, benesses e sinecuras fiscais e/ou financeiros na aquisição de veículos-novos, mais cômodos, seguros e confortáveis, com redução do preço na compra do veículo de até 40% ou mais, mas os preços das bandeiradas e corridas sempre foram reajustados a maior por decisões-políticas e sindicais.
Notem bem: as lotações, conduções ou ônibus urbanos chamados coletivos perderam enormes fatias do mercado pela deficiência (ineficiência) e de uma oferta limitada de seus serviços, no mais da vez, loteadas pelo poder-público, dividindo a urbe em zonas de atuação para cada grande-empresa-de-coletivos; não satisfeitos, os taxistas, passaram a fazer do táxi um tipo de mini-lotação, sem falar nos clandestinos “fiscalizados” pela ARSAL”, quando proliferaram os “seguros serviços de VANS” dos chamados transportes-alternativos e, também, uma gama de moto-taxistas; com esses barateara-se o preço e custo das passagens, sem oferecer serviços seguros, confiáveis, condizentes, condignos e compatíveis. Tudo reflexo do inexistente serviço de transporte urbanos, seja público ou privado.
De olho nas deficiências, ineficiências, deficitárias e inexistência do mercado rentável em especial na efetiva carência de transportes públicos seguros, condignos, cômodos, confortáveis e confiáveis, eis que surge o UBER, ofertando aquilo que os taxistas deveriam prestar, no mínimo, um urbano e bom serviço.
O cidadão ou cidadã que sofre diante da insegurança pública recrudescente tem optado pelos modernos serviços do UBER, é a lei de mercado: oferta e procura; a demanda é ampla e nosso meios e serviços de transportes urbanos “públicos” existem mais nas vinhetinhas das eleições e nas propagandas de tevês de cada “governo”, desde o VLT; lembram?
Maceió é uma capital-turística sem trens, metrôs, VLT, BRT e, sobretudo, sem o mais mínimo e necessário saneamento básico, daí tantas praias impróprias para banho! Ainda assim, querem construir monumentos ou monstrumentos à beira-mar! Pode?
Mas há preciosos pardais em nada precisos!
Abr
*JG

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