sábado, 20 de fevereiro de 2016

PRESERVAR! É MAIS QUE PRECISO; PROIBIR PESCAR NÃO É PRECISO!

Joilson Gouveia*

As últimas chuvas, mais uma vez, desnudaram, desmascararam e demonstraram aquilo que os “amantes de Maceió” (aqueles que dizem que a amam e postam fotos sorridentes, em suas praias), mas parecem não enxergar que sua cantada, decantada, fotografada e filmada “amada e amante Maceió”- eleita, pelos internautas das redes sociais, como sendo uma das mais belas praias do Brasil, o que nos ufana enquanto caetés- está doente, debilitada, abandonada, desprezada, desprotegida e, o que é pior e mais grave, infectada.
Há, pois, iminente ameaça e perenes riscos à balneabilidade saudável e salutar de suas águas tépidas, claras e límpidas de azul-piscina, e não somente de Maceió, mas de todo nosso litoral.
A continuar nesse caminho, a persistir e permanecer sem os imprescindíveis, saudáveis, sanativos, salutares e saneadores saneamentos essenciais, básicos e elementares de tratamento das redes de esgotos de águas servidas e de galerias águas pluviais, que sujam, enodoam, poluem e derramam suas águas escuras e fétidas, através das inúmeras galerias que deságuam nelas e as infectam de coliformes fecais e as enchem de todo tipo de lixo e dejetos ou excrementos, poluindo e enfeando nas nossas lindas praias.
Desse jeito, logo, logo e em muito breve, a continuar nesse descaso, seremos um lodaçal pantanoso em face da enormidade imensurável de lixo abundante em matéria plástica, lama e “línguas negras” lambendo suas praias, no fluxo e refluxo de suas marés.
E o que tem feito o Poder Público? Nada vezes nada! Passar tratores em suas areias, são medidas paliativas, reativas e lucrativas às empresas coletoras de lixo, em nada solucionam a poluição incontida, desenfreada e descontrolada, sem falar que apenas amontoam todo o lixo nas suas areias, sobretudo no Sobral, Trapiche e Pontal. Urge a proativa prevenção, para preservação da biodiversidade: flora; fauna; lacustre-aquática-marinhas; mormente de seus humanos nativo e turistas.
Onde o saneamento sanitário de águas servidas dos hotéis, pousadas, restaurantes, barracas, bares e residências da orla litorânea? Quem mais agride ao meio ambiente ou biodiversidade lacustre-marítima-oceânica: o lixo e os dejetos lançados nas águas ou as redes de arrastos de seus pescadores artesanais? O óleo, graxa e gasolina derramados de seus barcos ou o suor de seus pescadores? Proibir a pesca na enseada de Pajuçara evitará a poluição de suas “línguas negras”? As algas marinhas (sargaços), nessas praias, são mortas pelas poluições permanentes, desde sonora, objetos de matéria plástica, concreta e até luminária ou luminosa, pela intensa luminosidade noturna. A vida marinha não repousa nem dorme.
Ademais, o emissário submarino, que teve sua construção reduzida a um terço da obra e triplicados seus custos, à época, já não suporta a vazão diária normal em dias ensolarados, no verão, mormente quando do período invernoso ou de precipitações de chuvas intensas de verão ou iguais às tempestades da última quinta-feira passada, que macularam, enodoaram, mancharam, sujaram e poluíram ainda mais nossos cartões postais, do Sul até o Norte, da foz do “velho Chico” até Maragogi, mas, eis que os “zeladores do Erário”, resolveram a pesca PROIBIR e sequer tentam evitar ao mar POLUIR. Não se pode mudar nada por decreto, in caso! Amar é preservar; ou não?
Nossos rios, riachos e córregos hão de ser preservados, para não se tornarem esgotos a céu aberto, como o atual Riacho Salgadinho.
Abr

*JG

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